Faixa Etária: 02 anos a 6 anos e 11 meses
1- Língua Portuguesa
1.1- Objetivos: Espera-se que a criança:
. Expresse o pensamento com desembaraço:
. Utilize a linguagem como meio de ampliação do pensamento. organizando idéias e sequenciando-as logicamente:
. Identifique a função social da leitura e da escrita. através de múltiplas atividades de linguagem:
. Perceba a relação entre palavras falada e a palavra escrita. iniciando-se. assim. a sistematização da alfabetização.
1.2- Conteúdos: .
. Expressão e interpretação de vivências através de diferentes formas de manifestação: * gesto:
* desenho:
* cores:
* movimentos:
* sons: .
* palavras;
* conversas (relatos, comentários, debates);
* entrevistas.
A expressão oral como forma de comunicação:
* conversas;
· relatos - em seqüência. acontecimentos vivenciados;
· reprodução - em seqüência, histórias, vídeos;
· criação de histórias;
· ampliação do vocabulário.
. Conhecimento das várias modalidades de linguagem: *narrações:
* poemas;
* histórias;
* quadrinhas;
* parlendas;
* trava-língua:
* piadas;
* música;
* adivinhações:
* provérbios.
. O desenho como representação gráfica da idéia;
* pessoas;
* objetos:
* cenas:
* situações:
* desenho livre:
*Diferenciação entre desenho e escrita.
Produção de escrita espontânea (grafismo), rCompreensão do que e o que ela representa.
Reflexão e operação com a linguagem. na sua função social:
* jornais:
. revistas:
* livros:
* dicionários:
* enciclopédias:
. bilhetes. recados:
. propagandas:
. receitas:
* bulas:
* placas informativas;
* histórias em quadrinhos:
* cartas;
* diários:
* anúncios:
* cartazes:
. listas de nomes. de supermercados. telefones.
· A escrita como representação na fala. --
· .Reconhecimentos e escrita do seu nome, de seus colegas, objetos. logradouros do seu meio ambiente. r
· Construção de textos espontâneos, mesmo sem apresentar conversão na escrita:-
* Reescrita de histórias a partir de leitura e, interpretação de narrativas infanto-juvenil contos, fábulas, lendas
* relato de experiências, individual e coletiva;
* histórias em quadrinhos;
. paródias.
. Aquisição de base alfabética e do funcionamento do' sistema de representação da
l'íngua escrita:
. escrita como representação da fala e as letras como representação do fonemas;
* as formas e tipos de letras (de forma, cursiva, maiúscula e minúscula);
* as diferentes interpretações dos textos;
* as diferentes maneiras de construir outros textos, a partir de textos lidos.
2- Matemática
2.1- Objetivos: Espera-se que a criança:
. Desenvolva o raciocínio lógico-matemático, através de experiências concretas; . Participe, ativamente, na busca de soluções dos problemas que surgirem,
2.2 - Conteúdos:
. O professor deverá detectar em que momento se encontra o conhecimento da criança nos conceitos referentes a:
* grandeza - maior/menor, grosso/fino, alto/baixo;
* posição - em cima/em baixo. entre, direita/esquerda:
. direção e sentido - para frente/para trás, para direita/para esquerda, para
cima/para baixo. no mesmo sentido/em sentidos contrários. meia volta/uma volta:
. identificar a subtração com uma situação-problema que envolve a Idéia ae tirar.
de comparar ou de completar:
identificar a divisão como uma situação-problema que envolve a Idéia de separar uma coleção. em grupos. com o mesmo nu meros de objetos . Geometria:
exploração sensorial de objetos:
. Distinção de formas:
Percepção da forma como um atributo dos objetos físicos.
Relação espaço-tempo:
exploração espacial dos objetos. do próprio corpo e do meio ambiente:
orientação espacial (posição. direção. lateral Idade):
localização no tempo e sequenclalização.
3- Integração meio física e social
3.1- Objetivos: Espera-se que a criança:
. Se integre melhor ao seu meio físico e socIal. através da estimulação constante:
. Adquira experiências que facilitem a compreensão do mundo que a cerca e as interrelações que nele ocorrem:
Experimente. observe e investigue.
3.2- Conteúdos:
. Identificar intervalos de tempo:
* hora, dia. semana, mês. ano:
* manhã, tarde. nOite:
* ontem, hoje. amanhã.
. Identificar suas atividades diárias e responsabilidades:
* Levantar. alimentar-se. executar tarefas (em casa e na escola) dormir, higiene
corporal.
* Identificar as próprias características e as das pessoas com as quais convIve em
casa e na escola:
.. Nome. idade, data do seu aniversário;
nomes das pessoas de sua família. relações de parentesco e funções que elas
exercem:
.. Nomes e funções que exercem as pessoas na escola;
.. sua pOSiçãO no contexto familiar e escolar:
* relações existentes entre as pessoas (de parentesco. de amizade, de
cooperação, (de trabalho e de estudo).
. Demonstrar comportamentos adequados de relacionamento e convívio social:
. Formas de cumprimentar as pessoas;
. Atenção e consideração pelo outro;
. Atitude de respeito à propriedade alheia e direito do outro.
. Identificar os direitos e deveres de cada pessoa da família e pela escola;
. Identificar as regras estabelecidas pela família e a escola:
. Estabelecer relações de posição e distância:
*sua posição geográfica na sala de aula:
*a posição da sala de aula em relação ao prédio da escola:
*pontos de referêncIa na vizinhança da escola e da casa:
. Reprodução animal: naSCimento e crescimento aos filhotes
. CaracterístIcas externas ao corpo humano-partes. órgãos ao sentido e características sexuais primarias:
" relação dos órgãos externos com as respectivas funções:
" importância do asseio corporal para manutenção da saúde.
.. Relação entre os órgãos dos sentidos e as percepções do ambiente:
" orientação espacial a partir do corpo da criança: lateral idade. anterioridade e profundidade.
. Algumas funções do corpo humano: alimentação de movimentos respiratórios. pulsação e batimentos cardíacos e aumento de transpiração e eliminação de dejetos:
" relação entre exercícIos físicos e aceleração de movimentos respiratórios.
batimentos cardíacos e aumento de transpiração:
" relação entre a intensidade da transpiração com o aumento da temperatura
ambiente:
" importância da higiene do vestuário. da alimentação e da habitação para a
manutenção da saúde.
. Diferentes etapas do crescimento e do desenvolvimento: recém-nascidos. lactente. pré-escolar. escolar. adolescente e adulto.
. Influência da alimentação no crescirnento e no desenvolvimento:
" ocorrência de algumas doenças próprias da Infância: sarampo, catapora.
coqueluche, etc.:
" importância da vacinação como meio de prevenir algumas doenças próprias da
infância.
4- Educação física
4.1- Objetivos: Espera-se que a criança:
. Explore os movimentos do seu corpo de forma coordenada:
. Localize-se bem no espaço, adquirindo o vocabulário específico quanto á posição,
localização e distância:
. Perceba a relação que eXiste entre seu corpo, objetos e demais seres vivos:
. Aumente sua disPosição física e adquira um refinamento da coordenação motora.
4.2- Conteúdos:
. Conhecer e dominar o próprio corpo - parado e em movimento:
" estruturação do esquema corporal:
" exploração das diferentes posições do corpo (sentado. deitado. ajoelhado);
" percepção dos segmentos do corpo (brancos. pernas. tronco. cabeças e suas
combinações);
" domínio de lateral idade:
" funções vitais do corpo (respirar. comer, pulsar. etc.).
" relações do Indivíduo e espaço ocupado
-pOSiçãO e distância:
. Relação do Indivíduo com os outros:
" socialização:
" autonomia:
" auto-conceito:
" afetividade.
. Desenvolvimento elementar das quantidades fíSicas primárias: andar, correr. saltar. equilibrar. flexionar e estender.
.. a distância percorrida de casa à escola em termos ae peno. longe numero aproximado de quadras.
. Identificar os elementos naturais e culturais eXistentes em seu amOlente:
.. rio. montanha. árvore. terra. céu e outros:
.. a existêncIa dos seres VIVOS:
.. sol. chuva. vento e temperatura:
.. tipos de construção:
.. tipos étnicos - seus hábitos e costumes;
. .. meios de transportes;
.. meios de comunicação.
. Identificar as necessidades básicas do ser humano:
.. alimentação. vestuário. higiene, habitação. afeto. lazer. sono. segurança
comunicação e locomoção.
. Identificar a ação do homem na transformação da natureza para atender suas necessidades:
. Reconhecer na transformação do meio o fruto do trabalho:
. Reconhecer o valor do trabalho cooperativo e organizado:
. Reconhecer os símbolos nacionais:
.. Hino e Bandeira Nacional.
Obs.: Os momentos festivos não devem ser tratados desvinculados do contexto, pois são suscitadores de análise crítica da realidade atual, podendo ser compartilhados com todos os segmentos da escola, pais e comunidade.
.. Ambiente - A matéria
. Reconhecimento de seres e objetos no ambiente;'
. Características dos objetos e seres - forma e tamanho:
.. posição dos objetos e seres ambientes. uns em relação aos outros:
.. posiições dos objetos e seres do ambiente em relação â criança.
. Comparação entre as massas e o tamanho dos objetos e seres:
.. medidas não padronizadas de massas e distâncias:
* medidas padronizadas de distâncIa:
. Classificação dos objetos e seres, segundo critérios variados:
. Objetos que afunda e flutuam na água;
. Algumas propriedades dos materiais-cheiro, sabor e consistência:
. Familiarização e exploração de materiais variados:
* descrever, comparar; reconhecer e identificar quanto à utilidade.
. Relação dos materiais com luz-brilho e transparência:
* materiais de ambiente que são necessários ao homem: madeira. areia, sal,
palha. couro, etc.;
.. materiais que o homem lança no ambiente: lixos, dejetos. fumaça, etc.:
" materiais que podem causar aCidentes ao homem por ingestão, contaminação
da pele, etc., como substâncias tóxicas. água contaminada. alimentos deteriorados ou ingestão de substâncias nocivas;
. Ocorrências de misturas no ambiente:
* processos de separação de misturas utilizadas na vida diária: catação,
peneiração e filtração:
* observação e realização de misturas de materiaiS diferentes (café com leite.
água e sal. água e óleo. água e área. etc.) . Distinção de sexo em alguns animaiS.
. Coordenação motriz (global e seletiva) em situação contextualizada (Jogo ao Faz de conta)
. Iniciação à construção de regras:
desenvolvImento da socialização:
respeito a SI e aos outros:
participação:
situações individuais e coletivas.
Desenvolvimento de hábitos salutares:
noções de higiene pessoal:
postura:
alimentação: vestuário:
.ordem e disciplina
noções de prevenção de aCIdentes.
. Resgate da cultura popular:
" jogos;
.. brinquedos:
.. folguedos.
5- Educação Artística
5.1- Objetivos: Espera-se que a criança:
. Desenvolva o ritmo. descobrindo seu próprio ritmo e percebendo os diferentes: discrimine e reproduza diferentes sons:
. Discrimine estímulos visuais, sonoros, táteis. gustativos e olfativos. manipulando e conhecendo seu próprio corpo:
. Utilize recursos que favoreçam sua percepção e. criatividade:
. Perceba a importância da coordenação nas relações humanas. para seu desenvolvimento social e afetivo.
5.2- Conteúdos:
- Expressão Musical
. Elementos de expressão e comunicação:
. cores:
.. formas:
. expressões fisionômicas.
. Tipos de sons:
. vocais:
.instrumentais:
. naturais
.artificiais:
. ruídos.
. Propriedades dos sons:
.altura - grave (violoncelo),
médios (violão),
agudos (violino);
. duração - longos.
curtos;
.. intensidade - maior ou menor grau de força, para produzir o som:
.. timbre - propriedade que distingue a procedêncIa do som (voz de criança,
cantar do pássaro, som da flauta).
. Ritmo:
· andar:
· batimentos cardíacos:
· movimento respiratório
· relógio.
· Melodia - sucessão organizada de sons:
· Harmonia - combinação simultânea dos sons: . Folclore na educação:
· músicas:
· danças.
- Expressão Corporal
. Jogos e brincadeiras:
· dramatização espontânea e de descoberta;
· dramatização criadora:
· exploração do próprio - no espaço e no plano:
- locomoção:
- orientação espacial:
- manipulação:
- verbalização:
- Interação social.
. Teatro - ao vivo e de anteparo
· fantoche:
· sombra:
· máscaras:
· luvas:
· marionetes.
. Mímica:
. Jogos simbólicos (faz de conta); . Folclore:
· danças:
· festas típicas:
· canções populares:
· circos:
· rodeios:
· desfiles:
· festas religiosas
- Expressão Plástica
. Pintura livre. com uso de materiais diversos:
· folhas:
· legumes:
· mãos
· pincéis
· pé. etc.
. Desenho livre
. Modelagem
· argila:
· papel-machê
· massa. etc.
- Recorte e colagem:
· moldes:
· revistas:
· jornais:
· ilustrações:
· desenhos. etc.
- Montagem ou construção - utilização de sucatas:
· confecção de brinquedos;
· fantoches
-Dobradura (origami)
- Monotipia (técnica de impressão de um desenho):
· exploração;
· descoberta da resultantes de misturas.
-Formas geométricas
sólidos simples (cubos. esferas, pirâmides); figuras simples (quadrado, triângulo, círculo);
· de objetos:
· linhas (vertical/horizontal/oblíqua).
- Comunicação gráfica:
painel:
cartazes:
mural:
convites. etc.
3 - Recursos humanos - valorização mútua.
4 - Gestão participativa
5 - Constância de propósitos (objetivos)
6 - Aperfeiçoamento contínuo
7 - Integração
8 - Delegação de competências: autonomia e responsabilidade. 9- Garantia de qualidade: acesso e permanência.
10- Avaliação contínua.
11- Ética
· Símbolos:
Como representação de objetos. pessoas. idéias. situações:
Como transmissor de uma mensagem a todas as pessoas de um grupo (podem ser explorados símbolos conhecidos como: logotipos. sinais de trânsitos. e outros, até chegar aos símbolos matemáticos).
. Classificação:
. reconhecer entre semelhanças e diferenças:
* estabelecer agrupamentos. de acordo com critérios:
. descobrir o critério utilizado em uma classificação:
. explorar noções de Teoria dos Conjuntos (pertinência.
reunião).
inclusão. intersecção.
. Seqüências:
· conceito e determinação do motivo de uma seqüência. com a utilização de:
· movimentos corporais:
· discriminação auditiva:
· manipulação de materiais:
· representações gráficas.
- Seriações utilizando critérios relacionados às noções de: . .mais estreito:
.mais alto:
.mais baixo:
.mais largo, etc.
- Noções intuitivas de medidas de tempo: . .hora:
.dia:
.mês:
.ano:
Noções intuitivas de distância, através de comparações:
.Mais perto;
. Mais longe;
.Números Naturais:
. escrever e nomear números naturais:
* explorar a contagem de rotina:
* comparar quantidades:
* seqüências de números naturais, em ordem crescente ou decrescente; * sucessor e antecessor dos números naturais:
* identificar e utilizar escritas equivalentes de um mesmo número natural.
. Operações:
* identificar a audição como uma situação-problema que envolve a idéia de
juntar:
* identificar a multiplicação como urna situação-problema que envolve uma
audição de parcelas iguais.
http://aprendizagememacao.blogspot.com
setembro 08, 2009
Brincadeiras Para o Dia das Crianças
Brincadeiras para o Dia das Crianças.
Que tal comemorar o Dia das Crianças de um modo alegre e diferente? Quem mora em condomínio ou prédio pode reunir a criança da toda. Vai ser uma festa!!!
Jogo de argolas
Coloque várias garrafas espalhadas. Cada jogador deverá acertar um certo número de argolas na boca da garrafa. Quem acertar mais será o vencedor.
Corrida de sapatos
Duas equipes ficam em fileiras separadas. Todos os jogadores tiram os sapatos, que são recolhidos por outras pessoas e embaralhados a uma distancia de uns dez metros das duas equipes. Após o sinal, os jogadores saem pulando com o pé esquerdo em direção aos sapatos e devem procurar os seus e calçá-los rapidinho. Depois saem pulando com o pé direito para o lugar da partida. O jogador de cada equipe que calçar os sapatos trocados está fora do jogo. Ganha a equipe que tiver o maior numero de jogadores com os sapatos certinhos.
Corrida do saci
Risque no chão duas linhas beeeeem distantes uma da outra: a linha da saída e a outra da chegada. Após o sinal, todos saem pulando com uma perna só em direção à chegada. Quem conseguir chegar primeiro será o ganhador.
Corrida de sacos
Um ou dois jogadores entram em um saco grande e saem pulando. Ganha o jogador ou a dupla que alcançar primeiro a linha de chegada.
Corrida de três pés
Cada jogador amarra sua perna esquerda à perna direita do parceiro e saem pulando com as pernas amarradas. Vence a dupla que cruzar primeiro a linha de chegada.
Maçã na água
Encha uma bacia de boca larga com água e coloque-a sobre uma mesa e jogue algumas maçãs. Os jogadores colocam as mão para trás e deverão tentar morder uma das maçãs sem a ajuda das mãos. Quem conseguir, nhac!, primeiro, vence o jogo.
Dança da laranja
Cada par coloca uma laranja apoiada na testa e começa a dançar. Todos devem dançar conforme o ritmo da música. Só não vale usar as mãos e nem deixar a laranja cair. Se ela cair, a dupla é desclassificada. A música não pára até que só reste um par com a laranja.
Como funcionam os métodos de alfabetização
Christianne Visvanathan
O melhor método para a alfabetização é um discussão antiga entre os especialistas no assunto e também entre os pais quando vão escolher um escola para seus filhos começaram a ler as primeiras palavras e frases. No caso brasileiro, com os elevados índices de analfabetismo e os graves problemas estruturais na rede pública de ensino, especialistas debatem qual seria o melhor método para revolucionar, ou pelo menos, melhorar a educação brasileira. Ao longo das décadas, houve uma mudança da forma de pensar a educação, que passou de ser vista da perspectiva de como o aluno aprende e não como o professor ensina.
São muitas as formas de alfabetizar e cada uma delas destaca um aspecto no aprendizado. Desde o método fônico, adotado na maioria dos países do mundo, que faz associação entre as letras e sons, passando pelo método da linguagem total, que não utiliza cartilhas, e o alfabético, que trabalha com o soletramento, todos contribuem, de uma forma ou de outra, para o processo de alfabetização.
Qual é o melhor método?
Neste artigo, você vai conhecer os métodos de alfabetização mais utilizados, como funcionam, quais são as vantagens e desvantagens de cada um deles, além da orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa, adotados pelo governo federal.
A proposta deste artigo não é apontar o melhor método de alfabetização, até porque os educadores e especialistas não têm um consenso sobre o tema. Pretendemos apenas mostrar as características de cada método para que os pais conheçam mais profundamente o método que está sendo aplicado na educação de seus filhos.
Método sintético
O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra.
Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto.
No fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras.
Por este método, a aprendizagem é feita primeiro através de uma leitura mecânica do texto, através da decifração das palavras, vindo posteriormente a sua leitura com compreensão.
Neste método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e professores no aprendizado, apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, evitando confusões auditivas e visuais.
Como este aprendizado é feito de forma mecânica, através da repetição, o método sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e enfadonho para as crianças, pois é baseado apenas na repetição e é fora da realidade da criança, que não cria nada, apenas age sem autonomia.
Método analítico
O método analítico, também conhecido como “método olhar-e-dizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores. Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas.
Este método pode ser divido em palavração, setenciação ou global. Na palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra. Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma seqüência que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de um certo número de palavras, inicia-se a formação das frases.
Na setenciação, a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas. Já no global, também conhecido como conto e estória, o método é composto por várias unidades de leitura que têm começo, meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. Os críticos deste método dizem que a criança não aprende a ler, apenas decora.
Método alfabético
Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético, também conhecido como soletração, tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias.
Por este processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. Por exemplo, a palavra casa soletra-se assim c, a, ca, s, a, sa, casa. O método Alfabético permite a utilização de cartilhas.
As principais críticas a este método estão relacionadas à repetição dos exercícios, o que o tornaria tedioso para as crianças, além de não respeitar os conhecimentos adquiridos pelos alunos antes de eles ingressarem na escola.
O método alfabético, apesar de não ser o indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é muito utilizado em diversas cidades do interior do Nordeste e Norte do país, já que é mais simples de ser aplicado por professores leigos, através da repetição das Cartas de ABC, e na alfabetização doméstica.
A velha cartilha Caminho Suave
Centro de Referência em Educação Mário Covas
Uma das primeiras capas da cartilha
A grande maioria dos brasileiros alfabetizados até os anos de 1970 e início dos 80 teve na cartilha Caminho Suave o seu primeiro passo para o aprendizado das letras. Com mais de 40 milhões de exemplares vendidos desde a sua criação, a cartilha idealizada pela educadora Branca Alves de Lima, que morreu em 2001, aos 90 anos, teve um grande sucesso devido à simplicidade de sua técnica.
Na tentativa de facilitar a memorização das letras, vogais e consoantes, e depois das sílabas para aprender a formar as palavras, a então professora Branca, no final da década de 40, criou uma série de desenhos que continham a inicial das palavras: o “A” no corpo da abelha, o “F” no cabo da faca, o “G”, no corpo do gato.
Por causa da facilidade no aprendizado por meio desta técnica, rapidamente a cartilha tornou-se o principal aliado na alfabetização brasileira até o início dos anos 80, quando o construtivismo começou a tomar forma. Em 1995, o Ministério da Educação retirou a cartilha do seu catálogo de livros. Apesar disto, estima-se que ainda são vendidas 10 mil cartilhas por ano no Brasil.
Método fônico
O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim.
O método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento.
O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou alfabético. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais. Depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. Cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São ensinadas primeiro as sílabas mais simples e depois as mais complexas.
Visando aproximar os alunos de algum significado é que foram criadas variações do método fônico. O que difere uma modalidade da outra é a maneira de apresentar os sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopéia ou de uma história para dar sentido à apresentação dos fonemas. Um exemplo deste método é o professor que escreve uma letra no quadro e apresenta imagens de objetos que comecem com esta letra. Em seguida, escreve várias palavras no quadro e pede para os alunos apontarem a letra inicialmente apresentada. A partir do conhecimento já adquirido, o aluno pode apresentar outras palavras com esta letra.
Os especialistas dizem que este método alfabetiza crianças, em média, no período de quatro a seis meses. Este é o método mais recomendado nas diretrizes curriculares dos países desenvolvidos que utilizam a linguagem alfabética.
A maior crítica a este método é que não serve para trabalhar com as muitas exceções da língua portuguesa. Por exemplo, como explicar que cassa e caça têm a mesma pronúncia e se escrevem de maneira diferente?
Os parâmetros nacionais e o método construtivista
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, também conhecido como PCN´s, são uma espécie de manual para as escolas sobre como deveria ser a orientação para o ensino, de acordo com o Ministério da Educação. Criado em 1998, este documento tem como função orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual.
Os PCNs propõem um currículo baseado no domínio das competências básicas e que esteja em consonância com os diversos contextos de vida dos alunos. "Mais do que reproduzir dados, denominar classificações ou identificar símbolos, estar formado para a vida, num mundo como o atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis contradições, significa saber se informar, se comunicar, argumentar, compreender e agir, enfrentar problemas de qualquer natureza, participar socialmente, de forma prática e solidária, ser capaz de elaborar críticas ou propostas e, especialmente, adquirir uma atitude de permanente aprendizado", diz o documento.
Os PCN´s foram estabelecidos a partir de uma série de encontros, reuniões e de discussão realizados por especialistas e educadores de todo o país, de acordo com as diretrizes gerais estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases. Segundo o MEC, estes documentos foram feitos para ajudar o professor na execução de seu trabalho, servindo de estímulo e apoio à reflexão sobre a sua prática diária, ao planejamento das aulas e, sobretudo, ao desenvolvimento do currículo da escola, formando jovens brasileiros para enfrentar a vida adulta com mais segurança.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais defendem a linha construtivista como método de alfabetização. Surgida na década de 80, a partir de estudiosas da área como Ana Teberowsky e Emília Ferreiro, esta linha defende que a escola deve valorizar o conhecimento que a criança tem antes de ingressar no estabelecimento. A sua ênfase é na leitura e na língua escrita.
Os construtivistas são contra a elaboração de um material único para ser aplicado a todas as crianças, como as cartilhas, e rejeitam a prioridade do processo fônico. Por este método, as escolas, durante o processo de alfabetização, devem utilizar textos que estejam próximos do universo da criança.
Os defensores do método fônico culpam o construtivismo, base dos Parâmetros Curriculares Nacionais, pelos problemas de alfabetização no Brasil. Segundo os críticos, a concepção construtivista, em muitos casos, ignora que os estudantes de classe baixa, vindos de famílias menos letradas, trazem de casa uma bagagem cultural muito pequena, dificultando a sua adaptação a este método.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Gutierrez, Francisco. Linguagem Total - Uma pedagogia nos meios de comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1994.
KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita : formação de professores em curso. Rio de Janeiro:Escola de Professores, 1995.
SMOLKA, A.L. A criança na fase inicial da escrita. São Paulo:Cortez, 1988.
SOARES, M.B. Linguagem e escola. São Paulo: Ática, 1988.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes, 1989.
RUSSO, M.F.VIAN, Maria I. Alfabetização: um processo em construção. São Paulo: Saraiva, 1996.
FONTE: http://pessoas.hsw.uol.com.br/metodo-de-alfabetizacao.htm
Afetividade
A afetividade na Educação Infantil
Na teoria de Jean Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerando como tendo dois componentes: o cognitivo e o afetivo. Paralelo ao desenvolvimento cognitivo está o desenvolvimento afetivo. Afeto inclui sentimentos, interesses, desejos, tendências, valores e emoções em geral.
La Taille & Vygotsky (apud La Taille et al., 1992), explicam que o pensamento tem sua origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades, interesses, impulsos, afeto e emoção. Nesta esfera estaria a razão última do pensamento e, assim, uma compreensão completa do pensamento humano só é possível quando se compreende sua base afetivo-evolitiva.
No âmbito da educação infantil, a inter-relação da professora com o grupo de alunos e com cada um em particular é constante, dá-se o tempo todo, na sala, no pátio ou nos passeios, e é em função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente.
Essa inter-relação é o fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento, neste caso, o educador serve de continente para a criança. Poderíamos dizer, portanto, que o continente é o espaço onde podemos depositar nossas pequenas construções e onde elas tomam um sentido, um peso e um respeito, enfim, onde elas são acolhidas e valorizadas, tal qual um útero acolhe um embrião.
A escola, por ser o primeiro agente socializador fora do círculo familiar da criança, torna-se a base da aprendizagem se oferecer todas as condições necessárias para que ela se sinta segura e protegida. Portanto, não nos restam dúvidas de que se torna imprescindível a presença de um educador que tenha consciência de sua importância não apenas como um mero reprodutor da realidade vigente, mas sim como um agente transformador, com uma visão sócio-crítica da realidade.
A criança ao entrar na escola pela primeira vez, precisa ser muito bem recebida, porque nessa ocasião dá-se um rompimento de sua vida familiar para iniciar-se uma nova experiência, e esta deverá ser agradável, para que haja um reforço da situação.
O profissional da educação procura alternativas e se depara inúmeras vezes com a dificuldade que tem em enfrentar os desafios do aluno, com as suas próprias deficiências e, sobretudo, em se ver fazendo parte neste processo, que é antes de tudo uma troca, possibilita uma busca de transformações para o processo de ensino diário. Somente quando o professor vir que não vê é que algo novo poderá surgir. O afeto do professor, a sua sensibilidade e a maneira de se comunicar vão influenciar o modo de agir dos alunos. Se o professor se expressa de forma agradável ou de forma dura, criará mais motivação no aluno do que um ambiente neutro. Contudo, tal expressão deve ser moderada; nem amigável demais, nem exageradamente dura. O afeto refere-se a atitudes e sentimentos expressados ou presentes no ambiente.
Sua maneira de ser, atuar e falar é muito significativa. O professor pode ser frio, distante, desinteressado ou pode ser alegre, amável e se interessar pessoal e individualmente pelos alunos. Também a sala pode ser fria, sem nenhuma decoração, ou pode ter avisos, quadros, plantas, animais e trabalhos artísticos. Isto vai afetar os sentimentos e atitudes dos alunos.
Um ambiente frio e triste não produz motivação para aprender. A sala deve ter cores e decorações para criar um ambiente de aceitação.
Por "tom afetivo" não devemos entender que o educador deva se comportar como um aluno, ou que não exija respeito. Ele pode ser muito amável e até amigável, sem se pôr a brincar com eles.
Quando a criança nota que a professora gosta dela, e que a professora apresenta certas qualidades como paciência, dedicação, vontade de ajudar e atitude democrática, a aprendizagem torna-se mais facilitada; ao perceber os gostos da criança, o professor deve aproveitar ao máximo suas aptidões e estimulá-la para o ensino.
Ao contrário, o autoritarismo, inimizade e desinteresse podem levar o aluno a perder a motivação e o interesse por aprender, já que estes sentimentos são conseqüentes da antipatia por parte dos alunos, que por fim associarão o professor à disciplina, e reagirão negativamente a ambos.
A todo o momento, a escola recebe crianças com auto estima baixa, tristeza, dificuldades em aprender ou em se entrosar com os coleginhas e as rotulamos de complicadas, sem limites ou sem educação e não nos colocamos diante delas a seu favor, não compactuamos e nem nos aliamos a elas, não as tocamos e muito menos conseguimos entender o verdadeiro motivo que as deixou assim.
autor: Montserrat MONTES DE OCA CARIONI
Afetividade II
A afetividade e sua influência
na aprendizagem da criança
O aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual da criança, pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento, além de determinar sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará. Na teoria de Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: um cognitivo e outro afetivo. Paralelo ao desenvolvimento cognitivo está o desenvolvimento afetivo. O afeto inclui sentimentos, interesses , desejos, tendências, valores e emoções em geral. Piaget aponta que há aspectos do afeto que se desenvolve.
São várias as dimensões, que o afeto apresenta, incluindo os sentimentos subjetivos (amor, raiva, depressão) e aspectos expressivos (sorrisos, gritos, lágrimas). Na sua visão, o afeto se desenvolve no mesmo sentido que a cognição ou inteligência. E é responsável pela ativação da atividade intelectual.
Analisando os vários livros de Piaget percebe-se que este descreveu cuidadosamente o desenvolvimento afetivo e cognitivo do nascimento até a vida adulta, centrando-se na infância. Com suas capacidades afetivas e cognitivas expandidas através da contínua construção, as crianças tornam-se capazes de investir afeto e ter sentimentos validados nelas mesmas.
Neste aspecto, a auto-estima mantém uma estreita relação com a motivação ou interesse da criança para aprender. O afeto é o princípio norteador da auto-estima. Após desenvolvido o vínculo afetivo, a aprendizagem, a motivação e a disciplina como 'meio' para conseguir o autocontrole da criança e seu bem estar são conquistas significativas.
autor: Montserrat MONTES DE OCA CARIONI
Afetividade III
A afetividade consiste em poder fazer com que a criança receba o contato físico, verbal, a relação de cuidados, mas isso também implica conflitos, envolvendo amor e raiva.
O pai e o professor, educadores que são, devem entender que têm uma missão: construir um ser humano. Isso somente acontecerá pela obra do amor, amor esse que cobra, que é duro, que traz sofrimento e preocupação, mas, por outro lado, traz muito prazer e a realização do ato humano mais criador - fazer nascer um ser de verdade.
Existem características próprias da profissão dos educadores que devem ser levadas em conta, uma vez que lidam com a formação de seres humanos e trabalham com os aspectos cognitivos e afetivos, o que exige uma diversificação de atitudes para atender às diferentes demandas escolares e sociais.
Assim, para que a criança tenha um desenvolvimento saudável e adequado dentro do ambiente escolar, e conseqüentemente no social, é necessário que haja um estabelecimento de relações interpessoais positivas, como aceitação e apoio, possibilitando assim o sucesso dos objetivos educativos.
Na condição de educadores, precisamos estar atentos ao fato de que, enquanto não dermos atenção ao fator afetivo na relação educador-educando, corremos o risco de estarmos só trabalhando com a construção do real, do conhecimento, deixando de lado o trabalho da constituição do próprio sujeito que envolve valores e o próprio caráter necessário para o seu desenvolvimento integral.
O amor, o afeto é a chave para a educação. Temos que valorizar o aluno, dando amor, afeto, carinho, o que leva a auto estima. A educação passa por um processo de transformação. O entendimento das resistências escolares cotidianas como meio para encontrar resposta à adaptação e permanência da criança ao ambiente escolar leva o educador a abrir-se às inovações da Educação Infantil.
O professor deve criar a capacidade que gere espírito crítico para a interação, para melhorar, os estímulos, incentivos, motivar para melhorar a auto estima.
Fazer com que a pessoa se sinta responsável pelo processo educativo, se sinta sujeito da educação.
Dar meios, elementos, para que os alunos resolvam os problemas, as soluções, os desafios.
Debater, dialogar para encontrar soluções.
Enfim, compreende-se que a educação é dinâmica e provocadora de reflexões, portanto o professor deve acompanhar esse processo de mudanças e reflexões, na busca de novos conhecimentos, novos desafios e novas conquistas e através do afeto criar laços de múltiplas aprendizagens.
Ser professor é reconhecer as dificuldades sim, mas mantendo uma postura ativa na minimização e superação delas. Acreditar também que as mudanças estão em cada um e que se pensamos e queremos paz, temos que começar a exercitar em nossa própria vida, em nossa família, escola, sala de aula.
autor: Montserrat MONTES DE OCA CARIONI
Movimento Pela Criação do Alerta AMBER no Brasil
A blogagem coletiva em defesa da infância, é uma campanha para pressionar a mídia, o Ministério Público e a polícia, para que encontrem formas de auxiliar familiares de pessoas desaparecidas, entre algumas medidas, é solicitado a criação de uma espécie de alerta Amber no Brasil (dá para acreditar que não temos isso e nem nada parecido?)
Revista Época cita o Movimento Pela Criação do Alerta AMBER no Brasil:
Como é a vida de quem se agarra à esperança de rever o filho desaparecido – e como prevenir novos dramas.
Em janeiro de 2006, Taís, de 10 anos, saiu para comprar pão e nunca mais apareceu. Sua mãe, Marineide Bernardino dos Santos, de 47, paraibana de Solânia, se mudou há dez anos para o Rio de Janeiro para trabalhar como empregada doméstica. Agora vive com três dos quatro filhos. Num cantinho do armário que Taís dividia com a irmã gêmea, Tatiane, Marineide fez uma espécie de santuário para a filha desaparecida: fotografias se misturam a uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e à saia que a menina usara no Natal, um mês antes de sumir. “Olhar as coisas dela me deixa mais segura de que ela vai voltar”, diz Marineide, que costuma comprar roupas novas para a filha. “Ela está uma mocinha, quando chegar vai precisar de tudo isso.”
Desde que Taís sumiu, Marineide não voltou ao trabalho. Tem o aspecto de uma mulher doente. Conta que entrou em depressão, perdeu 20 quilos e teve tuberculose. “Sou forte em espírito”, diz. Os filhos mais velhos, Diogo, de 19 anos, e Elaine, de 18, sustentam a casa...
No Brasil, 40 mil crianças e adolescentes desaparecem a cada ano. A estimativa é da Secretaria Especial de Direitos Humanos. Quase metade foge de casa por maus-tratos. Depois de algum tempo, a maioria retorna. A menina Caroline dos Santos, desaparecida em 2004 no Rio de Janeiro, está incluída na estatística mais cruel: os 15% que somem sem motivo aparente, não deixam vestígios e jamais voltam ao lar. O sorriso dá lugar às lágrimas quando a mãe, Elizabeth, uma acompanhante de idosos de 48 anos, fala da filha única. No quarto quase intocado, no 2o andar de uma casa espaçosa em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde mora sozinha, Elizabeth agarra uma das bonecas de Caroline: “Como comemorar Natal, como encarar o Dia das Crianças?”.
“Sem notícias dos filhos, os pais tendem a criar ritos pessoais para lidar com esse estranho luto”, diz a psicóloga Sandra Rodrigues de Oliveira, da PUC do Rio de Janeiro, que analisou o comportamento de mães cujos filhos desapareceram por causa desconhecida em sua tese de mestrado Onde Está Você agora além de aqui dentro de Mim?” (verso de uma canção da Legião Urbana, “Vento no Litoral”). O pesadelo de Elizabeth já dura mais de 1.500 dias.
Caroline, então com 8 anos, sumiu em 13 de abril de 2003, um domingo de Páscoa, quando brincava na casa de uma tia, no bairro de Santíssimo, na zona oeste do Rio. Nunca houve qualquer pista do que aconteceu. A menina pedira à tia para deixá-la ir buscar na casa ao lado a bicicleta que havia emprestado a uma amiga. Vestia uma blusa rosa com glitter e bermuda azul. A praça próxima estava cheia. A TV de um boteco ao lado transmitia um jogo entre Vasco e Botafogo. Caroline não voltou para casa. Uma criança disse ter visto Caroline sendo abordada por um homem na padaria da vizinhança.
Os desaparecidos 40 mil crianças e adolescentes desaparecem por ano no Brasil. 20% dos casos ocorrem no Estado do Rio de Janeiro.
São Paulo vem em seguida, com 17,5%. 46% fogem por conflitos familiares. 53% são meninos. 15% não voltam para casa.
Elizabeth evita falar em morte. Como a maioria das mães nessa situação, diz “sentir” que a filha está viva. Por isso, fala sempre no presente. Quando a repórter pergunta quantos anos a filha teria hoje, ela responde. “Minha filha tem quase 13”, corrigindo o tempo do verbo. Por mais de dois meses, a vida de Elizabeth e Paulo César, pai de Caroline, foi procurar a menina e distribuir fotografias em sinais de trânsito. “Abandonei o emprego, larguei tudo”, afirma Elizabeth. Pior do que a falta de notícias eram as informações falsas. Vozes anônimas no telefone garantiam estar com “a moreninha gostosa” e desfiavam toda variedade de perversões. “Descobri que a maldade existe”, diz Elizabeth. Há um ano, ela voltou ao trabalho, mas sua rotina ainda é procurar. Quando não está no emprego, está na internet.
A rede é o canal de divulgação e desabafo para os pais de crianças desaparecidas. Há dezenas de sites e mais de mil comunidades no Orkut.
A maior delas reúne quase 16 mil membros, gente que troca informações e fotografias, indica entidades ou sugere rezas. O Brasil não tem um cadastro único de crianças desaparecidas que facilite a busca.
Desaparecer não é crime, não gera inquérito policial ou processo penal. Até 2006, a polícia ainda esperava 48 horas, a partir do momento em que a família registrava o desaparecimento, para começar as buscas.
Pela Lei no 11.259, que existe há dois anos, as delegacias já são obrigadas a informar imediatamente a ocorrência às polícias Rodoviária e Federal e enviar comunicados a portos, aeroportos e terminais de ônibus.
A lista de desaparecidos, porém, é regional e incompleta. “Temos um cadastro único de veículos roubados, mas não de crianças desaparecidas. Um carro vale mais?”, diz Ivanise Espiridião da Silva, presidente da Associação Mães da Sé, que reúne mulheres cujos filhos desapareceram. Desde a véspera de Natal de 1995, ela não tem qualquer informação sobre a filha Fabiana, que foi vista pela última vez no portão de casa, no bairro de Pirituba, zona norte de São Paulo.
Em 2002, a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) criou na internet uma Rede Nacional para Identificação de Crianças e Adolescentes Desaparecidos. O resultado prático ainda é muito pequeno: há pouco mais de mil nomes cadastrados, e a lista mistura adultos e crianças. “Esperamos que essa rede seja o embrião de um cadastro nacional”, diz Ludmilla Palazzo, secretária-adjunta do Programa de Garantias dos Direitos da Criança e Adolescente da SEDH. Mas ainda são raras as delegacias que abastecem a rede de dados, fazendo a lista crescer e se atualizar. Para Luiz Henrique Oliveira, coordenador do programa SOS Crianças Desaparecidas da Fundação para a Infância e Adolescência, é preciso humanizar o atendimento às famílias. “E trabalhar com a prevenção”, diz.
Um programa no Paraná reduziu de 151 para 30 o número de crianças que desaparecem por ano
É o que faz o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), do Paraná. Além de divulgar informações atualizadas dos desaparecidos na região, o Sicride criou a Cartilha do João Esperto, distribuída em colégios, igrejas, feiras e eventos. O personagem ajuda as crianças a evitar seqüestros. Em 1996, quando o serviço foi criado, havia 151 crianças desaparecidas no Estado. Hoje são 30. “Nosso diferencial é a campanha educativa, primeiro passo para o combate a qualquer crime”, diz Adelino de Favre, superintendente do projeto.
No mês que vem, o Rio sediará o II Encontro da Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos. No primeiro encontro, em 2005, em Brasília, surgiram idéias como o compromisso de criar o cadastro único e a medição oficial de desaparecimentos. Nada foi implantado. Um movimento luta pela criação, no Brasil, de um sistema correspondente ao Alerta Amber, dos Estados Unidos, que funciona assim: ao ser feito o registro de desaparecimento de uma criança, os veículos de comunicação são imediatamente acionados e começam a divulgar fotografias e informações, sempre atualizando os dados. O movimento sugere a criação de uma lei nacional que obrigue emissoras de rádio e televisão a veicular o assunto durante toda a programação.
O sistema americano foi criado após o desaparecimento de Amber Hagerman (daí o nome), então com 9 anos. Amber foi encontrada degolada em um rio. A comoção gerada pelo crime resultou na criação do alerta. Na Europa, os sistemas de informações vêm sendo reforçados depois do caso de Madeleine McCann, a inglesa de 4 anos que desapareceu durante as férias da família em Portugal no ano passado. O desaparecimento mobilizou o mundo inteiro.
Algumas histórias terminam em reencontro. Num domingo de 2006, Bruno Pereira da Silva, um menino carioca de 5 anos, filho de pais separados, saiu com o pai e não voltou. Dias depois, a dona de casa Márcia, mãe de Bruno, soube que o ex-marido morrera atropelado. Por mais de uma semana, Márcia vagou por vários lugares em busca do menino. Cartazes com o nome e a fotografia de Bruno foram espalhados pela cidade. A família imediatamente procurou o programa SOS Crianças Desaparecidas. A divulgação surtiu efeito. Uma senhora viu o retrato do menino no jornal e o reconheceu como recém-chegado a um abrigo de crianças abandonadas, próximo de sua casa. No mesmo dia, mãe e filho já estavam juntos. “Reencontrar meu filho foi como um novo parto”, afirma Márcia. Uma frase que Elizabeth, Marineide e tantas outras mães adorariam poder repetir.
Fonte: Revista Época
Gente que abraça esta luta em todos os dia do ano... Visite!!
http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com/
Movimento fixo, pela criação do alerta Amber no Brasil:
http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com/2008/01/11/movimento-pela-criacao-do-alerta-amber-no-brasil/
Ai, não morde que eu não sou pizza!!!
A Mordida na educação infantil
Nos primeiros anos de vida, o principal contato da criança com o mundo exterior, acontece na forma oral, no primeiro ano, o ato de sugar o seio que é fonte de alimento e prazer, é também uma forma de interagir com o mundo (choro/balbucio), mesmo após os primeiros aprendizados da língua oral, a criança continua usando a boca, como forma de explorar e descobrir o mundo. Este ato, se relaciona à fonte de libido, mas não está relacionada ao libido de forma erótica, mas sim como prazer e exploração do mundo, quando morde, a criança não busca provocar a dor intencionalmente, embora o ato de morder seja prazeroso, ela está apenas explorando o meio, seus limites e o outro. Sigmund Freud (1856-1939), diz que a criança experimenta o mundo (e o outro) através da forma oral, para ele, o prazer de morder está relacionado com o uso do instrumento que a criança melhor domina, a boca. Com isso, a boca vai ganhando novas funções, da nutrição, vem o choro, para expressar e conseguir mais rapidamente, a atenção que deseja, após os balbucios e as primeiras palavras, a mordida vem como uma forma rápida de manifestar o que deseja.
Não há educador que não tenha vivenciado esta fase, pois embora cause estranheza e medo aos pais e seja um estresse na rotina diária do professor, este comportamento não é anormal e encontra suas justificativas, dentro das características do desenvolvimento infantil.
Segundo D’Andrea, a fase oral é dividida em duas etapas, a de sucção e a de mordida.
Na fase da mordida “há uma tendência a destruir, morder, triturar o objeto antes de incorporá-lo”. Essa fase é dividida em duas características principais, sendo oral receptiva, quando o sujeito não passa por privações, tornando-se uma pessoa muito generosa e oral agressiva que aparece uma “tendência a odiar e destruir, a ter ciúmes da atenção que outros recebem, a nunca estar satisfeito com o que tem e a desejar que os outros não tenham algumas coisas, mesmo que não as queira para si”.
QUANDO A MORDIDA É NORMAL E QUANDO DEIXA DE SER?
Henri Wallon (1879-1962), diz que a criança está testando os limites do próprio corpo, formando sua personalidade individual, quando morde, ela está elaborando seu “eu corporal”, ou seja, descobrindo onde acaba seu próprio corpo e onde começa o do outro.
Até os quatro anos, a mordida é considerada normal, como forma de expressar-se e até lidar com frustrações, crianças em adaptação na escola ou crianças ciumentas que recebem um coleguinha novo, podem morder para expressar sentimentos. A criança ainda não consegue verbalizar seus anseios como, “estou com ciúmes” ou “quero ir para casa”, pode fazer uso da mordida para expressar seus medos.
Crianças sensíveis a frustração, quando contrariadas por um colega, durante uma disputa por brinquedo ou a recusa do educador a permitir que faça algo, podem morder como forma de expressar raiva.
Após os 3 anos, quando a criança já é capaz de expressar oralmente o que sente e já entende com clareza que morder provoca dor e machuca, é preciso buscar uma ajuda especializada, como forma de controlar este comportamento, caso ele persista.
Ao identificar qual a razão que leva a criança a morder, cabe ao educador interferir, buscando sanar o problema, seja dando atenção e um colinho para quem mais precisa, seja negociando brinquedos e intermediando disputas.
E COMO AGIR?
Seja firme, diga que não foi legal, que o amigo agora está sofrendo e chorando, pois morder machuca. Não estenda o “sermão”, seja breve;
Leve a criança que mordeu, para prestar atendimento ao colega que foi vítima, durante este momento, chame a atenção para o fato do colega estar chateado e com dor;
Algumas crianças que mordem mais frequentemente, devem permanecer sempre próximas ao educador, para que o mesmo possa interferir de forma rápida, evitando novas investidas;
Explique que na boca, mastigamos pizza, bolo, arroz, feijão, que o colega não é comida, é amigo e devemos acariciar;
Elogie bastante, a cada demonstração de carinho e verbalizações orais;
Converse com os pais, explique como aconteceu, fique mais atenta para que não se repita, mas não deixe de orientar que esta ação faz parte do desenvolvimento infantil;
Avise aos pais da criança que mordeu sobre o fato e comunique os familiares da criança que foi mordida, mas jamais, divulgue o nome da criança que mordeu, para evitar a criação de rótulos e até o mal estar entre as famílias;
Em alguns casos, pais de crianças que mordem, costumam brincar usando a boca e até dando pequenas mordiscadas na criança, explique que o filho pode estar repetindo o gesto, mas por não ter noção da sua força, acaba passando dos limites;
Tome bastante cuidado, pois mordida “pega”, muitas vezes, os familiares da criança mordida ficam tão indignados, que chegam a recomendar que a criança faça igual ou mesmo, a própria criança pode achar que esta é uma forma eficaz de resolver seus conflitos;
Lembre-se: O isolamento não ensina, pois só a convivência vai educar. Separe a criança do grupo somente quando precisar prestar atenção em outras coisas como preencher uma agenda ou trocar uma criança, no restante do tempo “olho vivo e pernas rápidas”;
Aprenda a identificar o contexto no qual a criança costuma reagir mordendo, desta forma, antecipe-se e fique junto, mediando a relação e orientando a criança a agir de forma correta;
Não permita que a criança usufrua do brinquedo ou do colinho, que conquistou na base da mordida, estimule também, o pedido de desculpas;
Se você vai fazer uso de alguma medida punitiva como afastar a criança do grupo por alguns instantes, antes combine e previna a criança;
Não deixe que criem rótulos como nesta turminha tem "tubarão", ou fulano é um mordedor, oriente os pais com segurança e informe-os sobre as características do desenvolvimento infantil. Antecipe-se ao problema.
Querida Profe, embora estressante e bastante tumultuada, esta fase é passageira, a criança quando bem amparada e orientada, aprende a se relacionar da forma correta. Não esqueça que tudo na vida dos pequenos é constante aprendizado. Se conduzirmos de forma firme, mas afetiva, estes comportamentos se transformam em uma relação saudável. Leia bastante sobre as características da sua faixa etária e observe o seu grupo de crianças, investigando a ação das crianças e seu comportamento diante de algumas situações do cotidiano, é possível antecipar a reação dos pequenos, evitando este confronto mais direto.
Márcia O. Soares
Orientadora Pedagógica
Nos primeiros anos de vida, o principal contato da criança com o mundo exterior, acontece na forma oral, no primeiro ano, o ato de sugar o seio que é fonte de alimento e prazer, é também uma forma de interagir com o mundo (choro/balbucio), mesmo após os primeiros aprendizados da língua oral, a criança continua usando a boca, como forma de explorar e descobrir o mundo. Este ato, se relaciona à fonte de libido, mas não está relacionada ao libido de forma erótica, mas sim como prazer e exploração do mundo, quando morde, a criança não busca provocar a dor intencionalmente, embora o ato de morder seja prazeroso, ela está apenas explorando o meio, seus limites e o outro. Sigmund Freud (1856-1939), diz que a criança experimenta o mundo (e o outro) através da forma oral, para ele, o prazer de morder está relacionado com o uso do instrumento que a criança melhor domina, a boca. Com isso, a boca vai ganhando novas funções, da nutrição, vem o choro, para expressar e conseguir mais rapidamente, a atenção que deseja, após os balbucios e as primeiras palavras, a mordida vem como uma forma rápida de manifestar o que deseja.
Não há educador que não tenha vivenciado esta fase, pois embora cause estranheza e medo aos pais e seja um estresse na rotina diária do professor, este comportamento não é anormal e encontra suas justificativas, dentro das características do desenvolvimento infantil.
Segundo D’Andrea, a fase oral é dividida em duas etapas, a de sucção e a de mordida.
Na fase da mordida “há uma tendência a destruir, morder, triturar o objeto antes de incorporá-lo”. Essa fase é dividida em duas características principais, sendo oral receptiva, quando o sujeito não passa por privações, tornando-se uma pessoa muito generosa e oral agressiva que aparece uma “tendência a odiar e destruir, a ter ciúmes da atenção que outros recebem, a nunca estar satisfeito com o que tem e a desejar que os outros não tenham algumas coisas, mesmo que não as queira para si”.
QUANDO A MORDIDA É NORMAL E QUANDO DEIXA DE SER?
Henri Wallon (1879-1962), diz que a criança está testando os limites do próprio corpo, formando sua personalidade individual, quando morde, ela está elaborando seu “eu corporal”, ou seja, descobrindo onde acaba seu próprio corpo e onde começa o do outro.
Até os quatro anos, a mordida é considerada normal, como forma de expressar-se e até lidar com frustrações, crianças em adaptação na escola ou crianças ciumentas que recebem um coleguinha novo, podem morder para expressar sentimentos. A criança ainda não consegue verbalizar seus anseios como, “estou com ciúmes” ou “quero ir para casa”, pode fazer uso da mordida para expressar seus medos.
Crianças sensíveis a frustração, quando contrariadas por um colega, durante uma disputa por brinquedo ou a recusa do educador a permitir que faça algo, podem morder como forma de expressar raiva.
Após os 3 anos, quando a criança já é capaz de expressar oralmente o que sente e já entende com clareza que morder provoca dor e machuca, é preciso buscar uma ajuda especializada, como forma de controlar este comportamento, caso ele persista.
Ao identificar qual a razão que leva a criança a morder, cabe ao educador interferir, buscando sanar o problema, seja dando atenção e um colinho para quem mais precisa, seja negociando brinquedos e intermediando disputas.
E COMO AGIR?
Seja firme, diga que não foi legal, que o amigo agora está sofrendo e chorando, pois morder machuca. Não estenda o “sermão”, seja breve;
Leve a criança que mordeu, para prestar atendimento ao colega que foi vítima, durante este momento, chame a atenção para o fato do colega estar chateado e com dor;
Algumas crianças que mordem mais frequentemente, devem permanecer sempre próximas ao educador, para que o mesmo possa interferir de forma rápida, evitando novas investidas;
Explique que na boca, mastigamos pizza, bolo, arroz, feijão, que o colega não é comida, é amigo e devemos acariciar;
Elogie bastante, a cada demonstração de carinho e verbalizações orais;
Converse com os pais, explique como aconteceu, fique mais atenta para que não se repita, mas não deixe de orientar que esta ação faz parte do desenvolvimento infantil;
Avise aos pais da criança que mordeu sobre o fato e comunique os familiares da criança que foi mordida, mas jamais, divulgue o nome da criança que mordeu, para evitar a criação de rótulos e até o mal estar entre as famílias;
Em alguns casos, pais de crianças que mordem, costumam brincar usando a boca e até dando pequenas mordiscadas na criança, explique que o filho pode estar repetindo o gesto, mas por não ter noção da sua força, acaba passando dos limites;
Tome bastante cuidado, pois mordida “pega”, muitas vezes, os familiares da criança mordida ficam tão indignados, que chegam a recomendar que a criança faça igual ou mesmo, a própria criança pode achar que esta é uma forma eficaz de resolver seus conflitos;
Lembre-se: O isolamento não ensina, pois só a convivência vai educar. Separe a criança do grupo somente quando precisar prestar atenção em outras coisas como preencher uma agenda ou trocar uma criança, no restante do tempo “olho vivo e pernas rápidas”;
Aprenda a identificar o contexto no qual a criança costuma reagir mordendo, desta forma, antecipe-se e fique junto, mediando a relação e orientando a criança a agir de forma correta;
Não permita que a criança usufrua do brinquedo ou do colinho, que conquistou na base da mordida, estimule também, o pedido de desculpas;
Se você vai fazer uso de alguma medida punitiva como afastar a criança do grupo por alguns instantes, antes combine e previna a criança;
Não deixe que criem rótulos como nesta turminha tem "tubarão", ou fulano é um mordedor, oriente os pais com segurança e informe-os sobre as características do desenvolvimento infantil. Antecipe-se ao problema.
Querida Profe, embora estressante e bastante tumultuada, esta fase é passageira, a criança quando bem amparada e orientada, aprende a se relacionar da forma correta. Não esqueça que tudo na vida dos pequenos é constante aprendizado. Se conduzirmos de forma firme, mas afetiva, estes comportamentos se transformam em uma relação saudável. Leia bastante sobre as características da sua faixa etária e observe o seu grupo de crianças, investigando a ação das crianças e seu comportamento diante de algumas situações do cotidiano, é possível antecipar a reação dos pequenos, evitando este confronto mais direto.
Márcia O. Soares
Orientadora Pedagógica
Crianças que gostam de morder...
Morder é uma forma de a criança expressar insatisfação. Os pais devem conter essa atitude.
Você tem um pequeno mordedor em casa, acalme-se. A mordida é uma das formas que as crianças têm de demonstrar insatisfação. Também costumam empurrar ou jogar objetos longe. Isso tudo é esperado em uma fase de comunicação rudimentar, enquanto a criança não consegue se expressar bem com palavras. Acrescente-se a isso impulsividade. As emoções ainda não estão sob controle. E a combinação dá muitas vezes em uma mistura explosiva.
Quando a criança dessa idade quer algo e o objeto desejado está na mão de outro, entra em disputa. "Como tem urgência em resolver a questão, ela reage com a parte do corpo que tem mais coordenação, que é a boca, região que usa intensamente desde o nascimento", explica a psicóloga Lúcia Franco da Silva, da Faculdade de Psicologia da PUC-SP.
Falar mil vezes
As dentadas podem começar tanto em casa quanto na escola. Os pais precisam refrear as mordidas para que não se tornem um hábito. Além de conter a reação agressiva, os pais precisam ser coerentes. "Se uma hora deixam porque acham engraçadinho e em outra reprimem, o filho fica sem saber como agir", alerta Lúcia Franco.
Para a pediatra Sandra Oliveira Campos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as únicas crianças que se mantêm mordedoras são aquelas com algum problema no desenvolvimento. Então, não resta outro jeito senão a repetição das regras. É cansativo, mas todos só têm a ganhar. "Ao dizer que dói, por isso o amigo chora, você chama a atenção do filho para um valor muito importante, que é o respeito pelo outro", orienta a médica.
Agressor e agredido
Os pais dos mordedores costumam ser mais relaxados do que aqueles que enxergam no corpo do filho dentadas alheias, segundo a pediatra Sandra. Se você está entre o grupo dos filhos mordidos, também relaxe. Quando a criança começa a viver em grupo, acaba descobrindo como se defender e se impor entre os coleguinhas. E uma hora ela vai avisar ao amigo mordedor que não gostou e não quer ser mordida de novo. Nunca incentive seu filho a revidar. "Os pais jamais devem estimular a agressão", ensina Sandra.
FONTE: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI16025-15069,00.html
Você tem um pequeno mordedor em casa, acalme-se. A mordida é uma das formas que as crianças têm de demonstrar insatisfação. Também costumam empurrar ou jogar objetos longe. Isso tudo é esperado em uma fase de comunicação rudimentar, enquanto a criança não consegue se expressar bem com palavras. Acrescente-se a isso impulsividade. As emoções ainda não estão sob controle. E a combinação dá muitas vezes em uma mistura explosiva.
Quando a criança dessa idade quer algo e o objeto desejado está na mão de outro, entra em disputa. "Como tem urgência em resolver a questão, ela reage com a parte do corpo que tem mais coordenação, que é a boca, região que usa intensamente desde o nascimento", explica a psicóloga Lúcia Franco da Silva, da Faculdade de Psicologia da PUC-SP.
Falar mil vezes
As dentadas podem começar tanto em casa quanto na escola. Os pais precisam refrear as mordidas para que não se tornem um hábito. Além de conter a reação agressiva, os pais precisam ser coerentes. "Se uma hora deixam porque acham engraçadinho e em outra reprimem, o filho fica sem saber como agir", alerta Lúcia Franco.
Para a pediatra Sandra Oliveira Campos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as únicas crianças que se mantêm mordedoras são aquelas com algum problema no desenvolvimento. Então, não resta outro jeito senão a repetição das regras. É cansativo, mas todos só têm a ganhar. "Ao dizer que dói, por isso o amigo chora, você chama a atenção do filho para um valor muito importante, que é o respeito pelo outro", orienta a médica.
Agressor e agredido
Os pais dos mordedores costumam ser mais relaxados do que aqueles que enxergam no corpo do filho dentadas alheias, segundo a pediatra Sandra. Se você está entre o grupo dos filhos mordidos, também relaxe. Quando a criança começa a viver em grupo, acaba descobrindo como se defender e se impor entre os coleguinhas. E uma hora ela vai avisar ao amigo mordedor que não gostou e não quer ser mordida de novo. Nunca incentive seu filho a revidar. "Os pais jamais devem estimular a agressão", ensina Sandra.
FONTE: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI16025-15069,00.html
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