setembro 28, 2011

Nove Regras para Criarmos uma Criança Tímida




Autor: Jon Talber[1]

"A timidez é um aprendizado, um estado de comportamento criado por nós, do mesmo modo que se cria um hábito, como por exemplo, o colecionar carrinhos em miniatura, ou selos; ou a preferência por um refrigerante, ou a ver o belo como feio e vice e versa. 

Somos capazes de criar, tanto aquilo que preferimos e desejamos, quanto aquilo que repudiamos. E tudo isso são comportamentos, facetas psicológicas que depois de se tornarem partes integrantes de nossas personalidades, servirão para alguma coisa, e serão usadas, sejam para nos proporcionar insatisfações, ou satisfações.

É como um filho que criamos. Podemos lhes dar carinho e atenção, mas, não podemos nos assegurar que jamais terão contato com a coisa contrária e seguirão um caminho adverso. Um comportamento, depois de criado, ficará dormente, em estado de espera, ou será aplicado imediatamente, a depender da ocasião. Sem uso, jamais permanecerá, mesmo que o seja apenas em nossos sonhos inconscientes.

Com freqüência nos chegam as crianças tímidas. Não porque assim nasceram, mas porque foram fabricadas, criadas até de forma involuntária, uma vez que poucos, como pais e educadores, conhecem as regras a seguir. São observações simples, que podem ser facilmente constatadas, em nosso convívio diário, seja em casa ou na escola, seja entre incultos, ou cultos.

Evidentemente a lista não se presta a criar estados de timidez em quem quer que seja, mas, antes disso, serve como guia para nos inteirarmos das causas e assim evitarmos a criação de algum, estando ou não sob nossos cuidados.

Sempre compare sua criança com a criança do vizinho, ou do seu amigo, ou com seu irmão, especialmente quando se trata de uma habilidade que a mesma não possui. Cubra-a de elogios, de modo que cresça ofuscada pelo mimo caseiro, ocultando assim suas falhas, suas limitações de qualquer natureza, assim ela ficará surpresa quando o mundo lá fora a rejeitar, sem que ela compreenda o motivo. Revele, diante dos seus colegas, situações que lhe sejam embaraçosas, especialmente aquelas pequenas manias que ela tenta a todo custo ocultar; ou pequenas preferências, que antes eram apenas segredos caseiros. Mas antes saiba que, isso a fará sentir-se envergonhada, menor que as outras. Obrigue-a a ser irreverente, assim como a mais extrovertida da classe, ou da rua onde mora, indicando claramente que seu comportamento, que representa seu modo natural de “ser”, seja qual for ele, é considerado anormal, uma deformação. Defina “o ser” a mais bela das belas como sendo uma obrigação, assim ela poderá se olhar no espelho, e ao comparar-se com a beleza das outras e sentir-se impossibilitada de imitar, se sentir um traste, uma aberração digna de ser rejeitada pelo mundo. Ignore seus talentos naturais, sempre preferindo as qualidades dos outros; sempre tomando como referência os mais hábeis, os vencedores de fora, os famosos, mesmo sabendo que tudo aquilo são personalidades falsas, especialmente construídas para o mercado das aparências, do consumo. Faça-a sentir-se embaraçada na frente dos amigos ou convidados, com comentários jocosos, citando o modo como se veste, como anda, como fala, seus gostos pessoais, etc. Desse modo ela sentirá vergonha de se expressar, de estar diante dos outros, e tenderá a ver-se como uma coisa anormal, diante de um mundo de normais, que evidentemente, são diferentes de si. Menospreze suas opiniões, mesmo sabendo que uma criança ainda carece de experiência para tê-las com coesão. Ressalte as opiniões daqueles que sabem tudo, especialmente crianças superdotadas, ou as consideradas gênios, assim, doravante, ela sentir-se-á naturalmente insegura, temerosa de comentar qualquer coisa, de opinar, na sua presença e diante dos de fora. Esconda-lhe ou ignore suas limitações, assim, ao entrar em contato com o mundo real, lá fora, longe do seguro ambiente do lar, local onde se sente importante, quando de fato puder constatar que não o é, se sentirá humilhada e naturalmente fraca, sem saber lidar com a verdade óbvia, sem compreender o porquê das críticas sobre si. Agindo dessa forma, com certeza, em pouco tempo, terá diante de si uma criança capaz de temer até a própria sombra.

julho 27, 2011

Mensagem de Afeto


Todos nós temos necessidade de afeto.
 
Muitas vezes temos dificuldade em expressar
o que sentimos pelas pessoas,
achamos que elas sabem e que isso é suficiente.
Mas quem não gosta de um abraço,
um carinho, uma palavra amiga,
uma palavra de amor ?! Quem não precisa disso ?! 
Há pessoas morrendo de fome no mundo,
todos falam, mas quantas pessoas há que estão
morrendo de solidão ?!

Recebemos com freqüência mensagens
dizendo que devemos dizer às pessoas
o quanto as amamos porque nunca sabemos
se é a última vez que as estamos vendo. 

Isso é para aliviar nossa consciência no caso das pessoas
desaparecerem repentinamente.

Mas eu digo que devemos dizer às pessoas
que as amamos como se fôssemos
encontrá-las na manhã seguinte,
como se fôssemos encontrar um sorriso de volta,
ou ver um brilho todo especial provocado por nós.

Um dos maiores prazeres da vida é ver
a felicidade das pessoas que amamos. 

Há alguns anos escrevi uma frase para
uma pessoa num momento
em que ela não estava bem. 

Essa frase dizia assim:

"Não fique triste. 

Se você fica triste, fico triste. 

E eu não gosto de me ver triste..." 

Ela sorriu. 

E nessa frase aparentemente egoísta
eu acabei dizendo uma grande verdade. 

Sim, porque no fundo se não fazemos as pessoas
felizes por elas mesmas, que as façamos então por
nós mesmos.

Podemos saber que alguém nos ama e isso
nos deixa felizes, mas como expressar o tamanho da
felicidade que sentimos quando alguém
coloca isso em palavras, em gestos ?! 

Isso faz com que nos sintamos amados em dobro,
em triplo até.

Assim, é importante que as pessoas saibam
o quanto importantes são nas nossas vidas,
o quanto nosso dia pode ficar iluminado com um
sorriso ou um gesto inesperado. 

E luz é algo que quando carregamos nas mãos,
além de iluminar aqueles que nos cruzam,
iluminam a nós também.

Todo o amor que damos a alguém,
recebemos de volta como uma recompensa natural. 

Saber que alguém pensa na gente, que nos gosta
apesar da distância, enche a alma de paz, de serenidade...

É como um pouco de ar fresco numa janela quando
precisamos respirar. 

Renova o espírito ! 

E de espírito renovado como o dia pode ficar diferente,
como o mundo pode parecer diferente ?!...

Essa é minha pequena lição.

Não a que dei, mas a que aprendi.

INSTRUMENTOS AVALIATIVOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Claudenice Costa de Souza

 Entendendo a educação como um processo contínuo e cultural do ser humano, a infância se caracteriza como categoria histórica social de direitos a uma prática educativa de qualidade compreendendo as especificidades da criança. Logo, é imprescindível que vislumbremos o ser humano como ele é. Assim,  compreender o ser humano é compreender sua unidade na diversidade, sua diversidade na unidade. É preciso conceber a unidade do múltiplo, a multiplicidade do aluno (MORIM, 2000.p.55),
            Dentro dessa visão holística, a instituição infantil em creche e pré-escola, devem estar de acordo com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, aprovada em 20 de dezembro de 1996, no seu artigo 31, onde afirma que: “na Educação Infantil a avaliação far-se-à mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”.
            Sendo assim, a prática avaliativa da instituição de Educação Infantil, expressa no seu contexto escolar, deverá respeitar cada momento da vida da criança no seu tempo de ser e desenvolver, sendo, portanto, significativa.
            Para a garantia dos direitos da criança enquanto cidadão historicamente situado no contexto em que vive, a avaliação permite o acompanhamento das conquistas, dificuldades e possibilidades apresentadas durante a realização das atividades propostas, em que as situações de aprendizagem devem ser criadas para o seu desenvolvimento físico, intelectual, psicológico e social, com isso, percebe a importância do registro como forma de acompanhar o processo de desenvolvimento do aluno.Segundo Madalena Freire (1989,p.5)



“Porque é importante registrar? O ato de conhecer é importante? Então estar implícito o conhecimento como ato social a que esse educador faz história.  Não existe sujeito do conhecimento sem apropriação de história. É o registro que historifica o processo para a conquista do produto histórico. Possibilita também a apropriação e socialização do conhecimento E a construção da memória, como história desse processo”. 

            Sendo assim, o registro no processo avaliativo se torna um elemento indissociável do processo educativo. Processo educativo este apresentado como conjunto de ações que tem como função a observação, o acompanhamento, o registro para orientar e redirecionar o processo pedagógico como um todo. Deve, ainda, se constituir numa prática sistemática e contínua, tendo como princípio a melhoria da ação educativa, envolvendo a criança, a professora e a instituição. Segundo Jussara Hofmann (1992,p. 32), a avaliação é a reflexão transformada em ação, não podendo, portanto, ser estática nem ter caráter sensitivo e classificatório.
            Por conseguinte, não existe instrumento de avaliação capaz, por si só, de detectar a totalidade do processo de conhecimento de uma pessoa. Por isso, faz-se necessário pensar em instrumentos diversificados e possíveis de atender às especificidades do desenvolvimento e  aprendizagens das crianças.
            Diante das considerações pedagógicas explicitadas neste contexto, é importante que se definam instrumentos específicos para avaliação nas classes de educação infantil, considerando as singularidades e diferenças de cada proposta institucional e pedagógica da qual a criança participa. Assim sendo, por ser uma prática diagnóstica, processual e contínua, à avaliação é dado o atributo de responsável pelo processo de ensino e aprendizagem no trabalho educativo. À vista disso, se fez necessário que instrumentos avaliativos devessem ser definidos para que a avaliação infantil ganhasse efetivamente condições pedagógicas para ser implementada no âmbito educativo.
            Para tanto, esses instrumentos foram divididos em duas etapas: a primeira apresenta sugestões em que a professora pode escolher de acordo com o projeto de aprendizagem que está sendo desenvolvido pelas crianças, buscando atender as peculiaridades e objetivos propostos, são eles: dossiê, portfólio e atividades escritas. Na segunda etapa, são apresentados e os instrumentos necessários para o trabalho de acompanhamento, tanto da professora quantos da supervisão pedagógicos, que são: ficha de registro docente e relatório individual, das crianças. Cada um deles será explicitado a seguir:[i]
Dossiê: Atividade organizada individual ou coletivamente, obedecendo a uma seqüência cronológica no processo de desenvolvimento da criança, que, junto com a professora, pode ser colocada numa pasta ou colada no caderno, podendo ser uma atividade ao mês, por exemplo.
Portfólio: Instrumento de registro construído coletivamente durante o período estabelecido pelo grupo no projeto de aprendizagem, sem a necessidade de estar numa seqüência cronológica. Caracteriza-se pela comunicação escrita entre a professora e a criança ou entre as crianças da classe, objetivando a percepção das conquistas individuais e coletivas no processo de desenvolvimento das crianças. Pode-se construir um portfólio por classe para acompanhar  o desenvolvimento de um projeto de aprendizagem da criança. É importante considerar que o portfólio é um excelente instrumento para o registro e acompanhamento das atividades realizadas ao longo do desenvolvimento de um projeto. 
Atividades escritas: mimeografadas ou não, estas atividades devem ser elaboradas  conforme a proposta de aprendizagem que está sendo desenvolvido pelas crianças. Isto quer dizer que a professora e a supervisão pedagógica devem ter clareza quanto à internacionalidade educativa da atividade que será proposta, pois, além de estar relacionada à temática de trabalho do projeto, deve Ter significado real para as crianças.
            Nesse sentido, é importante evitar modelos estereotipados que em nada contribuem para o desenvolvimento da criança. É necessário que as atividades façam a criança pensar, refletir, buscar informações, duvidar, trabalhar individualmente e em grupos, estabelecer relações com o meio em que vive e com as experiências de aprendizagem criadas pelo projeto.
            Questões de ordem técnica devem ser consideradas pelos profissionais ao elaborarem as atividades escritas que serão realizadas pelas crianças, como: letra de imprensa maiúscula, clareza e objetividade nos enunciados, inserção de imagens ou desenhos quando necessários ao contexto das questões, número de itens de acordo com a fase de desenvolvimento das crianças, legibilidade quando mimeografadas e com organização espacial coerente, para que a criança possa se expressar livremente.
            Outra consideração importante para o trabalho com as classes de educação infantil, considerando a idade das crianças, é que as atividades ou registros só poderão ser entregues às crianças quando estas participarem de outras experiências de aprendizagem que envolva trabalho corporal e musical, em situações dentro e fora da sala de aula. Haja vista o envolvimento das práticas de falar, escutar, ler, escrever e contar através de jogos e brincadeiras, somente depois é que poderão sistematizar essas experiências numa atividade escrita.
            O dossiê, o portfólio e as atividades são instrumentos para serem utilizados pelas crianças e professores de acordo com a forma de sistematização das atividades propostas pelos projetos de aprendizagem que venham, efetivamente, contribuir nos registros sobre o desenvolvimento das crianças, buscando sempre melhores condições pedagógicas de planejamento para a ampliação das experiências de aprendizagem para todos envolvidos.
            Os instrumentos, tais como ficha de registros e relatórios, são necessários ao trabalho pedagógico nas classes de educação infantil e, para serem efetivamente utilizados precisam do compromisso político da professora para a prática de anotações diárias no seu caderno de planos sobre o trabalho realizado, o desenvolvimento das crianças, as dúvidas, as dificuldades e as conquistas. Assim sendo, o trabalho da supervisão pedagógica poderá oferecer possibilidades reais de formação em serviço quando realizado sob os apontamentos da professora e do seu cotidiano vivido com as crianças. É, portanto, um espaço de formação coletivo em que aprendeu junto o saber e o fazer pedagógico no trabalho com a criança da educação infantil. A concepção de cada um dos instrumentos supracitados está apresentada a seguir:
Ficha de registro docente: Instrumento de registro do desenvolvimento de cada criança observado pela professora e por outros profissionais da instituição durante a realização das atividades propostas. Tal ficha coletará dados para a construção do relatório individual feito durante o bimestre letivo, considerando as frases de desenvolvimento da criança e os objetivos do projeto de aprendizagem.
            Partindo do princípio de que, cada criança está em constante evolução cognitiva, acredita-se que a ficha irá registrar os avanços contínuos e progressivos no decorrer de um bimestre para o outro assim como as dificuldades apresentadas pela criança durante a realização das atividades propostas.
Relatório: Texto escrito que registra a ação da criança durante a realização das atividades propostas, contextualizando, nos objetivos dos projetos de aprendizagem e na internacionalidade pedagógica daquele período, as observações na ficha de registro de cada criança. As informações do relatório devem ser discutidas com a supervisão pedagógica para que sejam apresentadas, de fato as conquistas e também as dificuldades das crianças para que intervenções sejam planejadas com maior fidedignidade às necessidades e curiosidades das mesmas.
            O texto do relatório deve ser claro e objetivo, com linguagem acessível aos pais ou responsáveis das crianças, pois se constitui em instrumento necessário para o acompanhamento da família. Com as informações documentadas nas fichas e no relatório, os professores, a supervisão pedagógica e a direção da instituição poderão além de refletir, acompanhar e avaliar o trabalho realizado, cabendo à direção sistematizar os dados coletados e informar aos pais ou responsáveis a avaliação da aprendizagem das crianças. Fazendo isso, o trabalho pedagógico estará completando a ação da família e da comunidade, uma vez que a contribuição dos pais ou responsáveis é fundamental para o processo de organização do trabalho pedagógico da instituição.
            A organização e higiene dos instrumentos de avaliação utilizados nas classes de educação são questões de ordem técnica que implicam em práticas de cuidados que educam as crianças quanto à capacidade estática e de valorização do trabalho pedagógico da instituição.
            Assim, juntos todos, os instrumentos apresentados possibilitam que a instituição, através do trabalho pedagógico e administrativo realizado, sensibilize pais ou responsáveis para participarem e se envolverem nos projetos de aprendizagem realizados na instituição, acompanhando efetivamente o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças. Pois, a atitude de registro do docente sobre o seu fazer diário implica uma postura de pesquisador, um momento que reflete a sua prática e cria condições de ensino que garantam o desenvolvimento e a aprendizagem da criança.
            Por fim, não é demais esclarecer que em nenhum momento deve-se atribuir valor numérico às atividades escritas ou orais realizadas pelas crianças. À vista disso, os registros do desenvolvimento e aprendizagem da criança serão feitos em fichas próprias, conforme já explicitado, com a finalidade de coletar dados para que o relatório seja construído pela professora ao final de cada bimestre, contextualizando as informações de momentos específicos da participação da criança nas atividades propostas.
            Nesse sentido, faz-se necessário que o professor tenha uma postura dialógica diante dos instrumentos avaliativos que são inseridos na Educação Infantil, para que os resultados sejam considerados de forma a possibilitar a construção do conhecimento das crianças, onde elas aprendem de modo integral, ou seja, exercitado o  desenvolvimento afetivo, social, cognitivo e intelectual.
REFERENCIA:
SOUZA, Claudenice Costa de. Monografia: Avaliação na Educação Infantil. Barreiras-BA. Universidade do Estado da Bahia -UNEB, 2005.
BRASIL, Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil.  Brasília: MEC/SEF 1986.
BRASIL.  Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.  9394/96.
CAPPELLETTI, I.  F. (org). Avaliação Educacional: fundamento e práticas. São Paulo: Ed. Articulação Universidade /Escola, 1999.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Dicionário Aurélio. Rio de Janeiro: Editores LTDA, 1986.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários á prática educativa.  27ª. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
FREIRE; Paulo. Pedagogia da esperança. Um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro; Paz e Terra; 1992.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed.São Paulo: Atlas, 1999.
HOFFMAMN; Jussara. M.L. Avaliação: Mitos e desafio. Uma perspectiva construtiva. Porto Alegre: Educação e realidade. 1991.
HOFFMAMN; Jussara; Avaliação mediadora uma prática em construção da pré-escola á universidade. Porto alegre. Editora Mediação 9ª edição. 1993.
HOFFMANN, J. Pontos e Contrapontos. 2ª. Porto Alegre: Mediação, 1999.
LIBANEO, J.C. Democratização da Escola Pública. 8ª. São Paulo: Loyola, 1989.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogo, para quê? 2.ed. São Paulo: Cortez, 1999
LIMA, A.de º Avaliação Escolar: julgamento ou construção? Petrópolis: Vozes, 1994.
LUCKESI, C.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
MEDIANO, Z. & LUDKE, M. Avaliação na Escola de 1ª Grau: uma análise sociológica. 2ª. Campinas. SP: Papirus, 1994.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência á regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999.
VASCONCEILLOS; Celso dos Santos; Avaliação da Aprendizagem; prática de mudança por uma práxis transformadora. São Paulo. 1998.


[1] Claudenice Costa de Souza, Pedagoga, Especialista em Educação Infantil pela Universidade do Estado da Bahia- UNEB, Mestranda em Ciências da Educação pela Universidade Intercontinental - UTIC

junho 02, 2011

Livros sobre a Festa Junina (bibliografia indicada)

Carnaval e Festas Juninas - Coleção Você Sabia ? Sítio do Picapau Amarelo Autor: Mendes, Miguel
Editora: Globo Editora
Como é bom Festa Junina – Volume I Autor: Avi, Ivã Ramon do Amaral
Editora: Esfera

Como é bom Festa Junina – Volume II Autor: Vários
Editora: Esfera

Festas Juninas Autor: Brandão, Toni
Editora: Studio Nobel

Brincadeiras na Festa Junina Autor: Oshima, Célia / Martinez, Eliane
Editora: Paulinas

Festas Juninas (livro de culinária) Autor: Capuani, Rosalina M.
Editora: Pancast

Festas e delícias juninas (livro de culinária) Autor: Melhoramentos
Editora: Melhoramentos

Comidas de Festa Junina

Toda Festa Junina deve contar com os pratos típicos, pois eles fazem parte da tradição desta importante festa da cultura popular brasileira. São doces, salgados e bebidas que estão relacionados, principalmente, à cultura do campo e da região interior do Brasil. Podemos destacar que muitos cereais (milho, arroz, amendoim) estão na base de grande parte das receitas destas comidas. O coco também aparece em grande parte das receitas, principalmente dos doces.

As principais bebidas e comidas de Festa Junina:

- Arroz Doce

- Bolo de Milho Verde

- Baba de moça

- Biscoito de Polvilho

- Pipoca

- Curau

- Pamonha

- Canjica

- Milho Cozido

- Suco de milho verde

- Quentão (bebida feita com gengibre, pinga e canela)

- Biscoito de Polvilho

- Batata Doce Assada

- Bolo de Fubá

- Bom-bocado

- Broa de Fubá

- Cocada

- Cajuzinho

- Doce de Abóbora

- Doce de batata-doce

- Maria-mole

- Pastel Junino

- Pé de moleque

- Pinhão

- Cuzcuz

- Quebra Queixo

- Quindim

- Rosquinhas de São João

- Vinho Quente

- Suspiro

Brincadeiras de Festa Junina

Pescaria

A pescaria é uma das brincadeiras mais tradicionais de Festa Junina. Ela é simples e bem divertida. Basta recortar peixes de papel grosso (tipo papelão) e colocar números neles. Devemos colocar uma argola na boca do peixe e enterrá-lo num recipiente grande com areia. Devemos deixar apenas a argola para fora e o número deve ficar encoberto pela areia. Os participantes recebem varas de pescar. Ganha a brincadeira aquele que pescar a maior quantidade de peixes ou com maior número de pontos. Em quermesses é também comum dar prêmios (brindes) aos participantes que pescam os peixes.

Corrida do saco

Também muito tradicional, consiste numa corrida onde os participantes devem pular dentro de um saco de estopa (saco de farinha, por exemplo). Quem atingir a reta final primeiro ganha a partida. É possível também fazer a corrida em duplas.

Corrida do Saci-Pererê

Parecida com a corrida do saco, porém os participantes devem correr apenas num pé.

Jogo do rabo do burro

Este jogo é bem divertido. Usamos um burro desenhado em madeira ou papelão. O participante deve, com os olhos vendados, colocar o rabo no burro no local certo. O participante deve ser girado algumas vezes para perder a referência.

Derrubando latas

Basta colocar várias latas vazias num muro. Os participantes tentam derrubar as latas atirando bolas feitas com meias. Vence quem derrubar mais latas.

Correio Elegante

Os organizadores da brincadeira servem como intermediários na entrega de bilhetes com mensagens de amor, amizade, paquera ou apenas brincadeira.

Pau de sebo

Esta brincadeira está quase sempre presente em todas Festas Juninas. Os organizadores da festa colocam um tronco de árvore grande fincado no chão. Passam neste tronco algum tipo de cera ou sebo de boi. No topo do pau de sebo, coloca-se algum brinde de valor ou uma nota de dinheiro. A brincadeira fica interessante, pois a maioria dos participantes não conseguem subir e escorregam.

Quebra-pote

Um pote de cerâmica fina é recheado de doces e balas. Esse pote é amarrado em uma trave de madeira. O participante (geralmente criança), de olhos vendados, e munido de uma madeira comprida tentará acertar e quebrar o pote. Quando isso acontece todos podem correr para pegar as guloseimas.

Corrida do Ovo na colher

Um ovo de galinha é colocado numa colher de sopa. Os participantes devem atingir a linha de chegada levando a colher com o cabo na boca, sem derrubar o ovo

Músicas de Festa Junina




CAPELINHA DE MELÃO
autor: João de Barros e Adalberto Ribeiro

Capelinha de melão
é de São João.
É de cravo, é de rosa, é de manjericão.

São João está dormindo,
não me ouve não.
Acordai, acordai, acordai, João.

Atirei rosas pelo caminho.
A ventania veio e levou.
Tu me fizeste com seus espinhos uma coroa de flor.

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PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
autor: Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago

Com a filha de João
Antônio ia se casar,
mas Pedro fugiu com a noiva
na hora de ir pro altar.

A fogueira está queimando,
o balão está subindo,
Antônio estava chorando
e Pedro estava fugindo.

E no fim dessa história,
ao apagar-se a fogueira,
João consolava Antônio,
que caiu na bebedeira.

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BALÃOZINHO

Venha cá, meu balãozinho.
Diga aonde você vai.
Vou subindo, vou pra longe, vou pra casa dos meus pais.

Ah, ah, ah, mas que bobagem.
Nunca vi balão ter pai.
Fique quieto neste canto, e daí você não sai.

Toda mata pega fogo.
Passarinhos vão morrer.
Se cair em nossas matas, o que pode acontecer.
Já estou arrependido.
Quanto mal faz um balão.
Ficarei bem quietinho, amarrado num cordão.

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SONHO DE PAPEL
autor: Carlos Braga e Alberto Ribeiro

O balão vai subindo, vem caindo a garoa.
O céu é tão lindo e a noite é tão boa.
São João, São João!
Acende a fogueira no meu coração.

Sonho de papel a girar na escuridão
soltei em seu louvor no sonho multicor.
Oh! Meu São João.

Meu balão azul foi subindo devagar
O vento que soprou meu sonho carregou.
Nem vai mais voltar.

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PULA A FOGUEIRA

autor: João B. Filho

Pula a fogueira Iaiá,
pula a fogueira Ioiô.
Cuidado para não se queimar.
Olha que a fogueira já queimou o meu amor.

Nesta noite de festança
todos caem na dança
alegrando o coração.
Foguetes, cantos e troca na cidade e na roça
em louvor a São João.

Nesta noite de folguedo
todos brincam sem medo
a soltar seu pistolão.
Morena flor do sertão, quero saber se tu és
dona do meu coração.

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CAI, CAI, BALÃO

Cai, cai, balão.
Cai, cai, balão.
Aqui na minha mão.
Não vou lá, não vou lá, não vou lá.
Tenho medo de apanhar.

Tudo sobre Festa Junina!!




Origem da Festa Junina

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).

Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.

Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

Festas Juninas no Nordeste

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Comidas típicas

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

Tradições

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.

Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

maio 03, 2011

Manualidades para Mamãe








Floreira para Mamãe



 







Mensagem Carinhosa para Mamãe!

Você que me deu o bem mais precioso. “A vida”
Me esperou com tanto carinho.
Me ensinou os primeiros passos.

As primeiras palavras.
As lembranças mais antigas que tenho em você,
È a sua mão segurando a minha para me dar proteção.

Sua voz doce, cantando cantigas de ninar, me fazendo dormir e sonhar.
Um sonho sereno, tranqüilo, sabendo que você estaria ali a me proteger.

Você que lutou, sorriu, chorou.


Mas não deixou a amargura tomar conta de seu coração.
Você que me ensinou a ser mulher, mas continuar com meus sonhos de criança.
A ser forte, sem ser amarga.

Abrir meus caminhos, tomando sempre cuidado com as plantinhas ao redor.

Com você aprendi a ser “gente”
Que respeita “gente”.

Aprendi a ter fé, aprendi a aceitar os defeitos das pessoas.
Aprendi que o amor tem que ser incondicional.

Minhas melhores lembranças, são as que você cria todos os dias...
No amor que sinto em tudo o que você faz.

No brilho do seu olhar.

MÃE... Que Deus a proteja sempre, te ilumine, te de forças para continuar sua batalha.
E que eu possa sempre sentir e ter esse amor maior em todos os momentos de minha vida.

abril 25, 2011

Conselhos Para as Mães que Trabalham Fora de Casa

A decisão de trabalhar

1. Razões para trabalhar

Mais de 50% das mães com bebês ou em idade pré-escolar trabalham fora de casa. A razão principal para o trabalho é a necessidade financeira. Algumas mães retornam ao trabalho por gostarem ou precisarem estar atualizadas na carreira.

Não há resposta fácil ou correta para a questão de decidir retornar ou não ao trabalho. A decisão pode ser tomada com base em cada circunstância particular. As crianças podem ficar bem de qualquer maneira. As necessidades familiares e segurança financeira são as verdadeiras considerações.

2. Vantagens e desvantagens para a criança
Se puder proporcionar uma pessoa que possa fornecer educação consistente ao cuidar de seu filho, não há evidências de que seu retorno ao trabalho irá causar dano ao seu filho a não ser o aumento de infecções mais simples, como resfriados. Crianças cujas mães trabalham fora de casa podem apresentar um desenvolvimento emocional tão bom quanto as outras crianças. Os benefícios para a criança da mãe que trabalha fora incluem aumento de independência, responsabilidade e maturidade. Crianças pequenas de mães que trabalham, muitas vezes tem mais oportunidade de aprender a confiar em outros adultos e a negociar melhor com igualdade.

3. Tempo de retornar ao trabalho

Uma mãe precisa de 6 a 8 semanas em casa após o nascimento de seu bebê para recuperar-se fisicamente do parto e começar o processo de amamentação. A melhor saída seria estender este período para 4 meses após o nascimento, este tempo é necessário para que se desenvolva a confiança em suas habilidades maternas. Passado os 4 meses, é provável que o bebê já tenha formado uma ligação segura com a mãe e deverá estar dormindo a noite inteira. Algumas autoridades sugerem que as mães deveriam tentar passar os 2 ou 3 primeiros anos da vida de seus filhos completamente envolvidas com criação das crianças, mas as vantagens deste comprometimento permanecem desaprovadas. Infelizmente, muitas mães não podem decidir quando voltarão ao trabalho e sentem-se culpadas sobre retornar ao trabalho quando seus bebês têm 3 ou 4 meses de idade.
Recursos de cuidados com a criança

1. Tipos de cuidado
Vários tipos de cuidado estão disponíveis na maior parte das comunidades. Durante os 2 primeiros anos de vida, as crianças ficam melhores com cuidado individual ou cuidado familiar diário por precisarem de mais afagos e atenção personalizada. Os tipos de providências de cuidado são:

- Cuidado individual em sua própria casa

Esta é a providência preferida dos bebês. O cuidado normalmente é feito pela avó ou babá profissional. A maior parte das babás profissionais ficarão em sua casa somente enquanto estiver fora, mas algumas estão disponíveis para morar com você.

- Cuidado individual na casa de alguém

Esta providência é muito parecida com a anterior, exceto que a criança não terá o benefício de receber os devidos cuidados em sua própria casa. Complementando, você também terá que arrumar fraldas, mamadeiras, brinquedos e o transporte para a casa de sua babá.

- Casa de um familiar

Nestes ambientes, o responsável cuidará de 2 a 6 crianças em sua casa. Este tipo de cuidado diário é normalmente menos caro que as creches. As desvantagens são que as crianças não recebem muita atenção individual.

- Creche de cuidado diário

Uma creche de cuidado diário pode cuidar de 30 ou mais crianças. Muitas crianças não se adaptam a estas creches até completarem 2 ou 2 anos e meio de idade. As creches podem estar localizadas no locais de trabalho ou não, mas precisam ser licenciadas pelo Estado e devem cumprir certas normas. Se estiver procurando uma creche, reúna uma lista que tenha sido indicada por amigos. Não tome sua decisão final sobre uma creche até que a tenha visitado e observado por pelo menos meio período.

- O responsável substituto: Escolhendo a pessoa certa

O fator mais importante na escolha de recursos para cuidados com a criança é achar um responsável que entenda e encontre as necessidades emocionais das crianças. Escolha alguém que seja caloroso, afetivo e simpático, que brinque com as crianças e tenha senso de humor. Procure por alguém que escute e cumpra seu estilo de educação (por exemplo, métodos de disciplina). Forme uma relação próxima com seu responsável pela sua criança.

2. Ajudando sua criança adaptar-se ao cuidado diário

Quando conduzir seu filho para a escola ou creche no primeiro dia, planeje ou passe esse dia no local. Deixe seu filho soltar-se gradualmente e envolver-se com outras crianças e o responsável. No segundo dia, fique 5 ou 10 minutos enquanto seu filho faz a transição de interação com o responsável. Se possível, deixe um brinquedo familiar ou objeto que dê segurança com seu filho. Se a creche for próxima de seu local de trabalho, visite seu filho durante o dia. Ao deixá-lo, faça-o com uma atitude alegre e permita que ele saiba que está saindo, não escapulindo.

Não se surpreenda se seu filho chorar nos primeiros dias quando deixá-lo com o responsável e poderá dizer que não quer voltar. Mantenha firme sua decisão e ele se ajustará gradualmente. Algumas crianças levam também de 1 ou 2 meses para adaptar-se completamente
3. Cuidando de uma criança doente

O quadro de doença pode causar uma interrupção importante no trabalho da mãe. Muitos centros e creches não cuidam de crianças doentes. Suas opções são normalmente ficar em casa com seu filho, fazer com que seu marido tire um dia do trabalho ou fazer com que seu filho fique com um amigo ou parente que concorde em dar o suporte para os cuidados da doença. Se seu filho ficar doente durante um dia de trabalho, peça autorização para ausentar-se do trabalho.

Crianças com dor de garganta, tosse moderada, nariz escorrendo, ou sintomas de gripe (mas sem febre ou dificuldades respiratórias) podem normalmente permanecer ou retornar para creche. A decisão deve ser baseada principalmente em como a criança está sentindo-se. Crianças com febre acima 37.8° Celsius, varicelas, vômito, ou diarréia não podem ficar em escolas o creches.

Como conviver com a necessidade de trabalhar fora de casa

1. Procure empregado que dê suporte

Ser mãe e trabalhar fora de casa pode ser difícil e estressante, porque as responsabilidades nunca serão preenchidas por outra pessoa. Para diminuir o fardo, considere trabalhar somente meio período se for financeiramente aceitável. Talvez possa dividir o trabalho com outra pessoa e cada um trabalhar 20 horas semanais. Ou talvez possa trabalhar em local que permita que seu horário seja flexível ou que permita que trabalhe pelo menos um pouco do tempo em sua casa.

2. Evite a fadiga

Se não dormir o suficiente, nada parecerá estar bem. Escolha um horário razoável para dormir e mantenha este horário.

3. Providencie tempo para ter contato com seu filho.

Estudos têm mostrado que ambos, qualidade e quantidade de tempo gasto com seu filho são importantes. Tente preparar um prazeroso café da manhã, uma ocasião sem pressa. Converse durante o trajeto de ida e também no trajeto de retorno da creche. Use os 30 minutos antes de ir para a cama para discutir acontecimentos do dia na velocidade de seu filho. Faça algo com seu filho nos finais de semana. Lembre-se também de incluí-lo em atividades adultas como fazer compras, cozinhar, lavar, reparos de casa... O tempo fornecido à criança é suficiente se ela aparentar felicidade constante.

4. Reduza o tempo dos serviços domésticos

Se houver possibilidade financeira, contrate uma empregada. Em qualquer caso, tente simplificar sua vida em casa. Cozinhe menos, faça pratos congelados para que possa disponibilizar de mais tempo na companhia do seu filho. Complementando, tenha um dia para sair uma noite com seu companheiro ou amigo pelo menos uma vez por semana, tempo para relaxamento é essencial.

5. Peça ajuda para outros membros da família

É imperativo que seu companheiro participe no trabalho de casa e cuidados com os filhos. Responsabilidades para estas tarefas devem ser redistribuídas para evitar que a mãe fique sobrecarregada. Por exemplo, o pai pode ajudar o filho a comprar roupas, levá-lo a passeios, cozinhar e limpar a casa. Crianças em idade escolar também podem assumir algumas tarefas.

6. Cuidado com sentimentos de culpa

Tente entender que não pode fazer tudo sozinha ou perfeitamente, portanto precisará de ajuda. Se encontrar uma boa pessoa para cuidar de seu filho, pode sentir-se tranqüila durante o dia no que diz respeito ao bem-estar de seu filho. Apesar de seus esforços, algumas vezes ele irá chorar quando for deixado na creche e algumas vezes ficará doente. Tente não repensar sua decisão de carreira toda vez que isto acontecer.

7. Procure ajuda extra se for mãe solteira.

Tente encontrar uma amiga com filho de idade próxima ao seu filho. Divida as compras, as noites em claro e visitas de finais de semana, o cuidado com as crianças e outras responsabilidades com esta amiga. Trocar serviços desta maneira poupará dinheiro. Morar com outra mãe solteira será mutuamente benéfico. Considere também a idéia de juntar-se a uma organização de pais solteiros.

Leitura recomendada

- T. Berry Brazelton, Working and Caring (Reading, Mass.: Addison-Wesley,1992)

- Earl A Grollman, et al., The WorkingParent Dilemma (Boston: Beacon Press, 1988)

Written by B.D.Schmitt, M.D. author of "Your Child's Health ",Bantam Books.

Copyright 1999 Clinical Reference Systems

MÃES - PEDRO BIAL

Mães, geralmente é a vocês que cabe a educação dos filhos,sobretudo no capítulo modos à mesa, arrumação do quarto etc.Não sejam preguiçosas! É mais fácil fazer que ensinar. Mas tenham coragem, ensinem. E comecem cedo para que os bons hábitos se tornem uma segunda natureza e não um procedimento para se ter só na frente das visitas.Seja rigorosa! Eles vão te odiar às vezes. Você vai querer esganá-los freqüentemente. Faz parte entre as pessoas que se amam. Mas um belo dia alguém vai dizer o quanto seu filho é educado,prestativo, gentil, querido. Você vai desmaiar de surpresa efelicidade.Eu nunca me esqueço daquela história da mãe que se dirigiu a uma especialista em boas maneiras para saber comque idade ela deveria colocar seu filho no curso. Ao saber que ofilho estava com três meses de idade ela respondeu: “Mas talvezjá seja muito tarde!”.Não morra de vergonha se seu filho der um vexame na frente dos seus amigos. Não valorize os erros nem dê bronca em público. Nunca trate a criança com se ela fosse uma débil mental, elas entendem tudo!Use sempre um bom vocabulário. Isso aumenta a capacidade lingüística das crianças e não fique para morrer de culpa se algum dia precisar frustrar seu filho, tipo promessa que não pode ser cumprida,etc.Apesar do que dizem os especialistas, uma frustraçãozinha de vezem quando prepara a criança para aprender a suportá-las quando no decorrer da vida elasinfelizmente acontecerem.O palavrão. É dito por todos. Até em televisão, escrito nos jornais, etc. Pretender que uma criança não repita é puro delírio. Vamos moderar. Mas a regra de ouro seria: palavrão na linguagem corriqueira uma coisa, mas não pode ser usado jamais na hora da raiva, da briga. Isso vale também para os adultos.Ensinem, obriguem seus filhos a cuidarem da bagunça que fazem. O copo de Coca-Cola? De volta pra cozinha. A revistinha que acabou de ler? Para o quarto. Os milhares de papeizinhos de Bis? Amassar e jogar no cinzeiro.A lista não tem fim porque a imaginação de uma criança parainstalar o caos onde quer que esteja é também infinita.Alguns mandamentos:Não sair pra se servir correndo na frente dos outros. O ideal, aliás, seria que as crianças até certa idade fizessemas refeições antes dos adultos, com as mães ali ao lado,patrulhando as boas maneiras.Não deixar cair um grão sequer na mesa. Não encher demais o prato. Há fome no mundo, etc, etc... Se encher que coma tudo. A partir dos cinco anos, não cortar a carne toda de uma vez.Cinco? Talvez eu tenho exagerado. Sete.Não misturar carne com peixe. Macarrão com farofa, etc. isso é cultura. Pedir licença pra se levantar quando a refeição terminar, pode alegar que precisa estudar, para evitar aquela tortura deficar na mesa até a hora do café. Um suplício.Não bater a porta do quarto com estrondo nem quando brigar com oirmão. Só gritar se for por mordida de cobra. Ou ficar mudo ou estático dentro do elevador.Não chamar a amiga da mãe de tia. Alias não chamar ninguém de tia a não ser as tias de verdade. E só pra deixar bem claro: tia Rosina, tia Helena, nunca tiasó.Eu adoro bebes! Quando começa a idade da correria, eu confesso que já adoro um pouco menos. Eu tenho que dizer isso bem baixinho pra não ofender as mães.Vamos então falar dessa fase sublime: Elas gostam de passar no espaço de quinze centímetros que existeentre o sofá e a mesa, brincam de pique numa sala de dois portrês. Colocam a cadeira na frente da televisão, se penduram nos lustres, pintam as paredes da sala, o teto e etc, etc e tudo aos gritos. Eu penso que esta talvez seja a fase de maior energia do serhumano.Ah, é a idade das guerras de travesseiros, das almofadas quevoam pela janela. Jovens pais adoram essas traquinagens. Tudo bem. Mas não ache tão estranho se alguns de seus amigos não curtirem tanto quanto você essa fase tão adorável dos seusfilhotes. Crianças são difíceis mesmo, é preciso muita paciência praagüentar o que elas freqüentemente aprontam.Mas as crianças crescem, e um dia querem trazer a namorada pra dormir em casa. Dinheiro para o Motel só se você der. Então o que fazer? Claro, a gente compreende a situação mas francamente, ter que cruzar no corredor com a gatona despenteada de camiseta e escova de dente na mão talvez perguntando:“Tia, dá pra me emprestar uma escova de cabelo?” OK, dá. Mas e se você tem três filhos? Vão ser três gatonas? Acho que eu liberaria a casa nos fins de semana e iria dormir no sofá da casa da minha mãe, de um amigo, no banco da praia, deixando a garotada à vontade. Eles e eu numa boa. Mas só ate domingo às dezenove horas, nem um minuto a mais.Mesmo os filhos mais modernos costumam ser caretésemos emrelação as suas próprias mães. Portanto, vá anotando, na frente dos filhos: Mãe não namora, não toma mais de um drink, não fala que acha o Jeff Bridge um tesão. Perdão! Mãe não pronuncia essa palavra. Nem sabe o que quer dizer. Não usa mini-saia, não pode adorar Madona, só pode gostar de Roberto Carlos, Julio Iglesias. Eles te amam, mas essas preferências sempre incomodam.Nem amigos comuns se deve ter por precaução. Portanto quando o destino colocar vocês na mesma festa, pareça o que eles querem que você seja, anule-se. Tenha pouca, pouquíssima personalidade. Faça o tipo distinto e alegre, se possível, use uma perucagrisalha. Seja discreta e assexuada, tenha poucas opiniões, seenturme com os mais velhos e trate os mais jovens como se fosseassim uma tia simpaticona, nada mais. Ria das historias deles enão conte nenhuma sua. Mãe não tem passado. Só fale de receitas, crianças, se ofereça pra levar um vestidona costureira pra consertar, tenha bons endereços pra fornecer.Dicas de cozinha, conte como era o mundo do seu tempo, seus filhos vão adorar e depois dessa festa, vá correndo tomarum whisk duplo no bar do Bonju pra não ter um enfarte.Em compensação, na frente dos netos, faça tudo que não deve emuito mais! Netos costumam adorar avós, digamos, fora dos padrões. É que eles sabem que vão poder contar com elas como fortes aliadas nas crises de caretice dos pais.Cruel? Não... apenas verdade. E mais: Isso é que faz o Equilíbrio da Vida.

Se Todas as Coisas Fossem Mães

Se a lua fosse mãe, seria mãe das estrelas.
O céu seria sua casa, casa das estrelas belas.

Se a sereia fosse mãe, seria mãe dos peixinhos.
O mar seria um jardim e os barcos seus carrinhos.

Se a casa fosse mãe, seria a mãe das janelas.
Conversaria com a lua sobre as crianças estrelas

Falaria de receitas, pastéis de vento, quindins.
Emprestaria a cozinha pra lua fazer pudins !!!!

Se a terra fosse mãe, seria a mãe das sementes.
Pois mãe é tudo que abraça, acha graça e ama a gente.

Se uma fada fosse mãe, seria a mãe da alegria.
Toda mãe é um pouco fada...
Nossa mãe fada seria.

Se a bruxa fosse mãe, seria uma mãe gozada;
Seria a mãe das vassouras, da família vassourada.

Se a chaleira fosse mãe, seria a mãe da água fervida,
Faria chá e remédio para as doenças da vida.

Se a mesa fosse mãe, as filhas, sendo cadeiras,
Sentariam comportadas, teriam boas maneiras.

Cada mãe é diferente. Mãe verdadeira ou postiça,
Mãe vovó ou mãe titia, Maria, Filó, Francisca,
Gertrudes, Malvina, Alice.
Toda Mãe é como eu disse!
Dona Mamãe ralha e beija, erra, acerta,
arruma a mesa, cozinha, escreve, trabalha fora,
Ri, esquece, lembra e chora,
Traz remédio e sobremesa...

... Tem até pai que é "tipo mãe"...
Esse, então, é uma beleza !!!!!

Sylvia Orthof editora Nova Fronteira


Dica de Livro



O livro e uma linda poesia onde todas as "coisas" sao mães de outras "coisas".

O livro é escrito em forma de poesia, com muita rima e tem lindos versos como "Se a terra fosse mãe seria mãe das sementes, pois mãe é tudo que abraça, acha graça e ama a gente".


"A formação do leitor, hoje, precisa passar primeiro pelo despertar para o tipo de prazer que a leitura proporciona, sem querer concorrer com a televisão ou o videogame. Ler permite a construção de um mundo imaginário individual, onde personagens e cenários podem ser criados de acordo com o gosto de cada um, o que com certeza é bastante diferente das cenas já imaginadas por outros que a TV ou o videogame apresentam. A leitura precisa ser natural, espontânea, tranquila em seu despertar, para que possa aos poucos ir se solidificando e ganhando espaço na vida das crianças.

A escola, hoje, precisa assumir o seu papel de formadora, de construtora de leitores, não para explorar suas disciplinas através da leitura (isso acontecerá naturalmente depois), mas para abrir a portas do mundo através dela."


Dica: você pode fazer um livro , cada página a criança irá desenhar um tipo de mãe,mãe lua, mãe chaleira