julho 27, 2009

CONTRATO DE ORIENTAÇÃO



Introdução

A orientação de um aluno por um professor é um trabalho de parceria onde (nos melhores casos) os dois podem lucrar. O lucro do aluno é claramente de adquirir novo conhecimento ou de por na prática um conhecimento que até agora era só teórico. Mas um bom trabalho pode também trazer lucros para o orientador. Por exemplo, este pode, também, querer ver aplicar na prática alguma coisa que ele só conhecia de maneira teórica; no caso da pesquisa, o projeto do aluno pode constituir uma parte de um projeto de pesquisa maior. Para que essa colaboração seja proveitosa, é importante que cada parte tenha uma boa compreensão do que a outra parte quer tirar da colaboração e o que ela pode trazer nela. O orientador tem em geral uma boa compreensão de o que aluno quer tirar e normalmente grandes expectativas sobre o que este pode trazer.

O aluno, do outro lado, tem geralmente uma boa compreensão do o que o orientador pode trazer, mas parece ter uma compreensão mais limitada do que este espera. As vezes, o aluno parece até supor que o orientador está simplesmente fazendo seu trabalho e não poderia realmente estar querendo muito mais, além disso.
Um projeto terá muito mais chances de ser um sucesso se se estabelecer uma relação de confiança entre as duas partes. E para que isso aconteça, precisa que haja compreensão mútua. Para tentar facilitar a comunicação entre as duas partes, resolvi listar aqui alguns fatos de interesse comuns e estabelecer um quadro formal de colaboração.
O objetivo a longo prazo é de estabelecer um contrato de orientação onde os deveres e direitos de cada parte seriam explicitamente listados.O que cada um esperaOrientador e aluno têm que se ajudar para que os dois possam receber um retorno satisfatório do trabalho. Um primeiro retorno satisfatório para o aluno é em geral ser aprovado (que o projeto seja de uma disciplina, ou um projeto final de curso: graduação, especialização ou mestrado). Deveria também ser de adquirir maior experiência e conhecimento no assunto abordado. Um retorno satisfatório para o professor deveria ser de ver o aluno progredir no conhecimento do assunto.
Nos melhores casos, pode ser também de ganhar algum novo conhecimento (os alunos tendem a subestimar esta motivação, mas lembrem sempre que o professor não sabe tudo e em geral gosta muito de descobrir assuntos novos).

Deveres mútuos

O que o professor deve trazer na colaboração:
  • Competência e conhecimento geral no assunto tratado de maneira a: o Avaliar de ante mão a possibilidade de chegar a um trabalho de qualidade satisfatória tomando em conta as capacidades conhecidas do aluno ou as capacidades esperadas de um aluno médio.
  • o Orientar o aluno, indicando para ele o caminho inicial.
  • o Guiar o aluno durante o projeto.
  • o Avaliar objetivamente a qualidade do trabalho e avisar o aluno no momento que ele chegar a um resultado satisfatório.
  • Competência para ajudar e guiar o aluno na redação do relatório de trabalho e na apresentação dos resultados. Esta parte deveria ser considerada integrante do trabalho e não pode ser deixada à única responsabilidade do aluno.
  • Em casos extremos, defender um trabalho que julgou adequado contra ataques indevidos às quais o aluno não consegue responder (por exemplo ataques de uma banca examinadora). Nota: Mas faz parte da formação do aluno aprender a defender suas idéias. A dificuldade para o orientador é de saber quando não intervir.
  • Dedicação razoável à orientação. A dedicação razoável depende muito do tipo de trabalho e do aluno, mas poderíamos estabelecer ela em torno de uma disponibilidade média de uma hora por semana para encontrar e discutir com o aluno. No final do projeto, esta dedicação deve geralmente ser aumentada para ler e corrigir o relatório final.
  • Respeito do ritmo de trabalho do aluno. Um projeto deveria ser um trabalho de auto-aprendizagem do aluno. Neste sentido ele deveria ter a possibilidade de definir seu próprio ritmo de trabalho e não ser obrigado a se encaixar dentro de um quadro rígido.
  • Porém, essa liberdade deve ter dois limites:
  • (1) Ela não deve impedir a realização do trabalho nos prazos definidos (ritmo de trabalho lento demais) e
  • (2) ela deve respeitar o ritmo de trabalho do próprio orientador.• É importante cultivar a curiosidade do aluno, e ao mesmo tempo não deixar ele completamente a só. Seguindo o principio do que a gente aprende errando, é bom deixar o aluno fazer seus próprios erros as vezes para ele se convencer melhor da realidade de um conceito. A dificuldade é de não deixar esses "erros voluntários" comprometer o sucesso do projeto.O que o aluno deve trazer na colaboração:
  • Iniciativa na busca de conhecimento novo. Um projeto se entende normalmente como um exercício de auto-aprofundamento do conhecimento em um assunto específico. Ao contrário das aulas onde o professor traz a maior parte do conhecimento pré-mastigado, num projeto, o aluno deve buscar ativamente o conhecimento novo, o orientador agindo apenas como um guia para evitar que o aluno se perda em caminhos que ele sabe serem improdutivos.
  • Dedicação ao trabalho. Todo aprendizagem exige esforço, mas por ser uma auto-aprendizagem, um projeto requer ainda mais trabalho e perseverança. Uma das dificuldades é fazer um trabalho em grande parte "livre" no sentido que o aluno pode se dedicar a este nos momentos que ele julga oportuno (sem horário definido) e com pouco enquadramento exterior (não tem aula).
  • Conhecimento básico no assunto tratado. Como definido acima, o projeto deve ser um exercício de aprofundamento do conhecimento e não de aprendizagem básico. É aceitável o aluno ter algumas lacunas, mas o projeto não pode se tornar em aulas particulares sobre conhecimentos básicos.
  • Confiança no julgamento do orientador. O aluno pode querer de vez em quando averiguar por ele mesmo alguma coisa que o orientador afirmou sem dar uma justificação satisfatória, mas ele não pode fazer isso sempre o que comprometeria o resultado do projeto. O aluno deve também ter confiança na avaliação da qualidade do trabalho que o orientador faz. No momento que ele perde esta confiança, o aluno deveria procurar um outro orientador.Exemplos de situações que não deveriam se produzir:
  • Aluno ou orientador que cobra da outra parte uma dedicação que ele próprio não mostra. Por exemplo, o aluno não pode sumir durante meses para depois "assediar" o orientador no aperto do prazo final. Ou seja, um aluno que não mostrou dedicação durante o projeto não pode exigir dedicação do orientador no momento que ele se encontra desesperado. Do mesmo jeito, o professor não pode culpar o aluno de não trabalhar se ele próprio "fura" reuniões, não lê o que o aluno traz, etc.
  • Aluno esperando tudo do professor como se fosse uma disciplina "normal" (aluno executante). O aluno tem que mostrar um pouco de independência o projeto deveria ser um assunto de interesse dele e em consequência ele deveria tomar as iniciativas (porém sobre a vigilância do orientador).
  • Professor deixando o aluno "se virar só". O orientador não pode esperar que o aluno aprenda de maneira totalmente independente. Ele deve ajudar, indicando os caminhos mais interessantes, as fontes de informação relevantes, etc.


Fonte:http://www.ucb.br

Como construir história em quadrinhos com os alunos


Elementos fundamentais na construção de uma história em quadrinhos.


As histórias em quadrinhos são definidas e conhecidas como narrativas realizadas através da seqüência de imagens, desenhos ou figuras impressas, com falas dos personagens inseridas em espaços delimitados chamados de "balões", geralmente são publicadas em gibis. Não se sabe ao certo a origem das HQ (histórias em quadrinhos), mas segundo estudiosos da área, o primeiro super-herói de história em quadrinhos a se tornar ídolo foi o Superman, em 1938. Vale ressaltar que antes dele já existia outros como Yellow Kid, Tarzan e Fantasma. No Brasil, a HQ teve início com Pererê, de Ziraldo, valorizando o verde-amarelo. A construção da história em quadrinhos é indicada para ser trabalhada com os alunos com a finalidade de desenvolver a arte, a leitura e a escrita. Este é um vasto universo de atividades enriquecedoras, possibilitando ao aluno o acesso às referências de conteúdo autobiográfico, a criação de argumentos narrados com base em experiências vividas por ele mesmo e por pessoas próximas. Além disso, recomenda-se que ao iniciar a produção da HQ, é preciso realizar uma pesquisa e baseada nessa fazer um paralelo sobre o fato marcante que acontece na história durante o desenrolar pessoal da trama, bem como escrever escaletas e roteiros, fazendo uma ligação da trama pessoal com o acontecimento. Com o objetivo de orientar pais e professores e facilitar o trabalho da construção da história em quadrinhos com seus filhos e alunos respectivamente, segue abaixo alguns elementos e passos que devem ser seguidos, incentivando a produção desse tipo de atividade que é tão enriquecedora na formação de crianças e jovens. Elementos Fundamentais na Construção de Histórias em Quadrinhos

1. Argumento: a idéia da trama de forma resumida com início, meio e fim.


2. Escaleta: é a organização de todas as cenas a serem criadas de maneira que sustente a HQ, seguindo uma ordem, bem como uma descrição ligeira.

3. Roteiro: Todas as cenas com cenários, diálogos, apresentação de personagens, desenvolvimento do enredo, os dramas e a finalização.

4. Traço: definição do estilo de desenho a ser utilizado, bem como a tonalidade de luz e cor, juntamente com a densidade.

5. Formato: Estabeleça o número de páginas, visto que tal procedimento indicará o ritmo da narrativa.

6. Distribuição do espaço gráfico/croquis: define o formato da HQ, através de rabiscos da história, reservando espaço para os diálogos e legendas.

7. O lápis: utilizado para o desenhista demonstrar seu traço com maior definição. Um desenho bem feito a lápis é considerado como bom andamento na construção das Hqs.

8. Arte -final: é a fase de acabamento que vai desde o traço das tintas até o momento de dar cor às ilustrações.

9. Lettering: termo originado da língua inglesa, refere-se ao momento de editar o texto.

10. Capa: considerado como uma das principais forma de chamar atenção do leitor deve ser extremamente planejada.

11. Contracapas: Apresenta créditos e textos adicionais.

12. Revisão geral de texto e imagens: fundamental para evitar deslizes freqüentes encontrados em HQ.

13. Prova Gráfica: Momento de conferir se tudo está representado no papel, conforme foi solicitado.

14. Impressão: Quando voltado para produção comercial é estabelecido um orçamento, cronograma e previsão de tiragem que são pré-estabelecidos pela editora responsável pelos direitos de publicação.

15. Distribuição: Irá depender de um acordo entre as grandes empresas do ramo.

Sucesso!
Por Elen Campos CaiadoGraduada em Fonoaudiologia e PedagogiaEquipe Brasil Escola

As conseqüências de ser professor


O professor tem que ser um super-herói para conseguir fazer tudo que precisa.


O professor, para desenvolver sua prática, precisa ter muita força de vontade e persistência, pois existe um arsenal de atividades que são ligadas à profissão, tais como corrigir avaliações, elaborar atividades, preparar aula, além de permanecer longos períodos em pé. A árdua atividade diária gera um grande desgaste ao corpo de um professor que pode deixá-lo fora das atividades durante um tempo. As principais conseqüências estão ligadas a problemas na voz, até por que é o principal instrumento de trabalho. A voz é indispensável ao professor, pois é através dela que as informações dos conteúdos e conhecimentos em geral são transmitidas. Por causa da enorme importância que a voz ocupa, é de extrema necessidade a conservação da mesma, cuidados com as cordas vocais são necessários para garantir a qualidade do ensino. De acordo com a pesquisa de Nelson Roy, da University of Utah, de 259 professores entrevistados cerca de 62,9% disseram que já enfrentaram problemas vocais e aproximadamente 15% afirmam que certamente terá de no futuro mudar de atividade proveniente de problemas na voz. O que motiva problemas vocais nos professores são especialmente falta de informação sobre a utilização da voz, condições de trabalho desfavorável, extensa jornada de trabalho e muitos outros. Outros problemas ligados à prática docente são os problemas de postura, fadiga mental, alimentação inadequada que oferecem riscos de desencadear uma diminuição no sistema imunológico, ocasionando doenças de diversas naturezas. Essas preocupantes informações são derivadas, segundo o médico generalista Ramiro Stelmach, de baixos salários, restrito tempo para se cuidar, má alimentação e muita exigência dentro da sala de aula, além disso, trabalha demais e descansa pouco. Abaixo alguns cuidados que devem ser colocados em prática para melhorar a qualidade de vida do professor e de seu ofício. - Ingerir várias vezes durante a aula, água em pequenas quantidades e em temperatura ambiente. - Usar bem as palavras. - Ter cuidado com o pó de giz. - Evitar alimentos pesados nos períodos de trabalho. - Evitar café, bebidas gasosas e cigarro, assim como derivados do leite. - Ao despertar realizar alongamentos para relaxar. - No banho, deixar a água incidir sobre os ombros para amenizar as tensões. - Exercícios de aquecimento e resfriamento vocal em momentos que antecedem as aulas e também depois das mesmas. - Explorar a participação dos alunos para poupar a voz. - Descansar a voz nos intervalos. - Caso seja possível, usar o microfone. - Visitar regularmente o fonoaudiólogo e o otorrino.
Por Eduardo de FreitasGraduado em GeografiaEquipe Brasil Escola