outubro 07, 2009

ALFABETIZAÇÃO FÔNICA

Seqüência de atividades para apresentação dos sons.
Som da letra A
Aula 1

1- Professora mostra a letra e pronuncia o som da mesma:
--“Vamos conhecer o som da letra. Repitam comigo:A. Agora você.......Agora você...

2- Dar exemplos de coisas, conhecidas das crianças, que iniciam com o som “a”. Pedir que repitam as palavras pronunciadas, desenhar no quadro ou mostrar figuras das mesmas.

3- Escrever ao lado de cada desenho o nome e destacar a letra “a”.

4- Escrever as diferentes formas que esta letra pode ser representada. Maiúscula, minúscula, de máquina e manuscrita.

5- Escrever o nome dos alunos e analisar se existe o som trabalhado nele. Destacar.

6- Vamos ler um texto sobre esta letra. A professora lê o texto podendo escrevê-lo no quadro ou dar uma folha com o texto digitado. (obs: explicar o que significa cada palavra nova apresentada)

A

Ela está no astronauta
a nas asa do avião.
Na andorinha, na arara,
na amizade e no azulão.

Pintar as figuras da folha apresentada destacando a letra A.
Aula 2

1- Recordar o som A trabalhado na aula anterior;(auditivo, visual e falado)
Mostrar a forma manuscrita e gráfica.

2- Oferecer uma folha com a letra A e várias figuras (sem os nomes) onde os alunos irão apontar, circular e pintar as que iniciam com o som trabalhado.

Sugestão de figuras: Amendoim, alfinete, agulha, alho, abajur, arara, avião, gravata, sapato, fósforo.

3- Após esta atividade feita a professora escreve o nome destas figuras e o aluno aponta e destaca a letra no início da palavra com uma cor e no meio e no final com outra cor.

4- Apresentar uma folha com figuras e seus respectivos nomes onde falta a letra “a”.
Pedir aos alunos que completem as palavras com a letra A (caixa alta).

Aula 3
1- Representar a letra no quadro em manuscrito;

2- Representar a letra em tamanho aumentado para que cada aluno possa experimentar o movimento correto da letra;

3- Solicitar que os alunos, individualmente, vão até a lousa e escrevam a letra com giz; (trabalho 100% acompanhado pela professora e observado pelos colegas)

4- Distribuir uma folha com a letra “a” em manuscrito .Fazer o movimento da letra na folha dada; (com cola, tinta, colagem, etc)

5- Em folha branca treinar o movimento da letra livremente;

6- Cantar a música da D. Aranha. Distribuir uma folha com letra em manuscrito e pedir que circulem as letras “a” encontradas. Colorir as figuras.

7- Estar sempre com os seus nomes à vista para que estejam em contato com as letras de seus nomes;

Aula 4

1- Distribuir folha com vários nomes escritos e pedir que pintem somente os que iniciam com o som “a”;
2- Sugestão de música e brincadeiras para desenvolver a percepção auditiva:
- O sapo não lava o pé; ( cantar trocando as vogais)
- Repetir palavras trocando as vogais,
- Completar frases com palavras que terminem com som parecido;

3- Apresentar a vogal escrita em tarja;

4- Desenhar a tarja no quadro e solicitar que cada um venha escrever a letra com o movimento correto;

5- Após a criança escrever no quadro dar a ela o seu caderno de tarja com a lição já preparada para que ela escreva; (elaborar atividades de escrita e de percepção visual e auditiva)

Dicas:

· Executar o mesmo processo para as demais vogais;
· É importante criar uma rotina e um ritmo para o desenvolvimento das atividades;
· Não esquecer de associação grafema/fonema;
· Solicitar aos alunos o apontamento do está sendo trabalhado em momentos fora das aulas de alfabetização para que o aluno fora do contexto de sala aprimore sua aprendizagem.

FONTE: ALFABETIZAÇÃO FÔNICA
FERNANDO CAPOVILLA

HISTÓRIAS INFANTIS...

A literatura infantil compreende vários gêneros e, de acordo com a idade, a criança aceita melhor uns do que outros. É importante conhecermos algumas características que definem se o texto é adequado à faixa etária de cada criança.
ATÉ QUATRO ANOS → a preferência é pelo gênero de história da vida real, iniciando-se por volta dos três anos o interesse pelas histórias de bichinhos humanizados.
Os textos tem que ser bem curtos, com poucas palavras e, de preferência, com expressões repetidas. As gravuras devem ser bem grandes, pois as crianças pequeninas ainda tem dificuldade em perceber pequenos detalhes. As gravuras devem predominar sobre o texto. Não há propriamente enredo e o texto deve ser meramente descritivo. Entre um e dois anos a criança aprecia imagens como mamãe, casa, bichinho, flor, barco, e outros objetos do seu universo.
De dois a três anos a criança começa a perceber as ações e isso vai leva-lo à descoberta das relações entre os sujeitos e os objetos. A princípio ela só percebe: “bola, neném, boneca...”, mas depois ela diz: “neném joga a bola, a bola é do neném”. Etc.

ENTRE QUATRO E CINCO ANOS → o interesse ainda é grande pelas histórias da vida real que apresentem aspectos da vida do lar e da família, mas a preferência pelas histórias de bichinhos humanizados começa a se manifestar claramente. O enredo agora deve ser mais complicado, porém com texto ainda curto e que apresente muitas expressões repetidas. O enredo ainda não pode exigir muito da memória de fatos, deve ser simples e repetitivo. As histórias meramente descritivas não são mais do seu interesse.

ENTRE CINCO E SEIS ANOS → o gênero de preferência é notadamente o de bichinhos humanizados, mas surge o interesse por histórias da vida real relacionadas a fazendas (para crianças da cidade e vice-versa), circo, férias, aniversários, etc. nesta época começa a manifestar-se o interesse pelo mundo da fantasia e histórias de encantamento. A história da vida real precisa ter um pouco de magia e o enredo deve ter mais complexo, com memorização de um número maior de fatos e personagens. A repetição de expressões ainda é muito do agrado da criança. Nesta época , entre cinco e seis anos, a criança começa a manifestar uma grande capacidade de apreciação de textos rimados e adora ouvir, acompanhar o professor e repetir sozinha histórias rimadas, principalmente humorísticas.

http://cirandinha-adriana.blogspot.com/

DISLEXIA... TODO PROFESSOR DEVE SABER O QUE É.



Falar-Ouvir-Ler-Escrever, são atividades da linguagem.
Falar e Ouvir, são atividades com fundamentos biológicos.

A criança aprende a usar a linguagem falada com velocidade incrível e isto depende de:
- meio ambiente
- trato vocal
- organização do cérebro
- sensibilidade perceptual para falar os sons

Ela adquire a linguagem escrita em parte Inventada e em parte Descoberta.
Inventada porque criou-se símbolos visuais (grafemas = letras) para representar elementos da linguagem.
Descoberta, porque esses elementos serão reconhecidos na linguagem falada (relação grafema / fonemas = sons das letras).

Ler não depende somente da capacidade de segmentação fonêmica (reconhecer sons e símbolos). Ela é necessária, mas não é sufuciente para formar um bom leitor. A criança precisa descobrir que uma palavra é composta por sons significantes e aprender também a identificá-los. Mas principalmente, para se adquirir a habilidade da leitura e escrita, é necessário que haja a automatização desta função, além da capacidade de síntese (interpretação).

Esta habilidade não se desenvolve naturalmente nem maturacionalmente, o aprendizado se incumbirá desta tarefa.

No entanto, há um número de crianças, bastante representativo, com dificuldade para aquisição e/ou automação do aprendizado da leitura e escrita. Entre as diversas causas possíveis dessa dificuldade está a dislexia. A dislexia, uma dificuldade acentuada na leitura e na escrita, atinge de 10 % a 15% da população mundial. Ainda não é reconhecida e muitas vezes não é aceita por professores. Crianças com 6 ou 7 anos de idade que apresentam inteligência normal (geralmente acima da média ), mas tem uma dificuldade atípica de aprender a ler, escrever e soletrar podem ser disléxicas.

A leitura lenta, trabalhosa e individual de palavras impede a habilidade da criança, adolescente ou adulto de compreender o que leu ou escreveu, mesmo que sua capacidade de compreensão da língua falada seja adequada. Há muita dificuldade também em transformar a soletração em som. Deficiências no processo fonológico, que são fortes indicadores de que haverá dificuldade na leitura e escrita, podem ser identificados no jardim da infância ou na 1a série.
A alfabetização precoce não produz a dislexia, mas facilita o seu diagnóstico. Os métodos da alfabetização mais modernos, como na alfabetização GLOBAL, onde a criança aprende a identificar as palavras como um todo tem conduzido a uma identificação mais rápida de disléxicos. O método SINTÉTICO ou FÔNICO, que não impõe tanta carga ao disléxico, permite que alguns casos passem mais tempo desapercebidos.

O sucesso na reeducação de um disléxico está baseado numa terapia multisensorial (aprender pelo uso de todos os sentidos ), combinando sempre a visão, a audição e o tato para ajudá-lo a ler e soletrar corretamente as palavras. O disléxico precisa olhar atentamente, ouvir atentamente, atentar aos movimentos da mão quando escreve e prestar atenção aos movimentos da boca quando fala.

Assim sendo, a criança disléxica associará a forma escrita de uma letra tanto com seu som como com os movimentos da mão para escrevê-la. O aprendizado deve ser feito de forma sistemática e cumulativa. Sendo ainda cada caso um caso específico, devem ser levadas em consideração as particularidades de cada um.

FONTE: ABD - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA

TRABALHANDO A POESIA...


PESSOAS SÃO DIFERENTES

São duas crianças lindas
Mas são muito diferentes!

Uma é toda desdentada,

A outra é cheia de dentes...

Uma anda descabelada,

A outra é cheia de pentes!

Uma delas usa óculos,

E a outra só usa lentes.

Uma gosta de gelados,

A outra gosta de quentes.

Uma tem cabelos longos,

A outra corta eles rentes.

Não queira que sejam iguais,

Aliás, nem mesmo tentes!

São duas crianças lindas,

Mas são muito diferentes!
Ruth Rocha



TARTARUGA

TENHO

CASA PRÓPRIA.

POSSO VIVER

CEM ANOS.

POR TODOS

SOU AMADA.

POR ISSO,

SOU ASSIM,

TRANQÜILA,

TRANQÜILA,

SEM PRESSA

PARA NADA.

Lalau e Laurabeatriz


POESIA...



Como trabalhar com poesia?



• Brincar com as palavras

(achar uma palavra dentro da outra)

• Reconhecer palavras que rimam

• Criar rimas

• Fazer acrósticos

• Trabalhar também o desenho (ilustrar um poema)

• Formar palavras substituindo vogais

• Explorar a diferença entre canção e poema

• Trabalhar noções do real e imaginário
• Colocar poema na ordem correta

• Montar acróstico

• Ordenação de versos

• Escrita de texto lacunado

• Criação de poema



O que a poesia nos dá?



• Ajuda a romper modos convencionais de percepção e

julgamento.

• Faz com que vejamos o mundo e as pessoas com novos

olhos ou descubramos novos aspectos deles.

• Pode dar-nos uma consciência mais ampla dos nossos
sentimentos profundos.

• Possibilita o exercício de reconhecer-se no outro --

elemento fundamental da arte.

• Discernimento do limite entre realidade e criação.

• Multiplicidade de gêneros poéticos (e textuais) -- poesia

concreta, soneto, haicai, poema musical etc.


Assim Assado, de Eva Furnari. São Paulo, Moderna, 1991.

Ilustrações da autora.

Este livro da Eva Furnari faz parte de uma coleção que

traz como recurso central o jogo de palavras, cujo elemento

constitutivo é a quebra de expectativa. Como se vê nas

quadrinhas abaixo:


Era uma vez...

Um elefante delicado,

Levou uma bronca

Ficou emburrado.

Era uma vez...

Uma velha coroca

Foi pro jardim,

Conversar com minhoca.

O mesmo tipo de recurso aparece em Você troca?, agora

nos tercetos:

Você troca
Um mamão bichado
Por um bichão mimado?



Por serem breves, apoiados em rimas que facilitam a

memorização, os livros de Furnari são indicados para crianças

em fase de alfabetização.

EDITORA MODERNA

http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/ef1/buriti/fazendo/dicas/artigos/poesia_buriti.pdf