junho 15, 2009

ARTE COM PREGADORES...IMPERDÍVEL!!!










































































































PROJETO

"O EU CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL"

Délia Ladeia

OBJETIVO GERAL

Possibilitar a construção da identidade da criança a partir das relações sócio-histórico-culturais, de forma autêntica, consciente e contextualizada.

JUSTIFICATIVA

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:


A criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inscrita em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também o marca...

As crianças pensam o mundo de um jeito especial e muito próprio. É a partir das relações que estabelecem com a realidade em que vivem, com o meio familiar e com as pessoas com quem necessitam se relacionar no cotidiano que elas passam a “ler” e compreender o mundo. Cabe à Educação facilitar essa “leitura” e compreensão, possibilitando, no processo inicial de escolarização, o reconhecimento, pela criança, da sua própria história de vida. É desejável resgatar a importância das suas ações e atitudes no processo de construção da história da humanidade, estimulando sempre a sua auto-estima.

Daí o Projeto Identidade: O Eu Criança na Educação Infantil para propor atividades que sejam próprias do mundo lúdico e do imaginário da criança e que colaborem para a formação de uma identidade autêntica e respaldada em valores éticos necessários ao cidadão consciente do seu papel na construção da sua história e da história do outro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Resgatar a história de vida do aluno, tendo como fator primordial a elevação da sua auto-estima, possibilitando que ele se identifique como sujeito da história.
Identificar e reconhecer aspectos que o caracterizam no grupo ao qual pertence (características físicas e culturais, hábitos, costumes e valores).
Fazer o aluno reconhecer a existência de diferentes modos de ser e viver, tanto na sociedade em que vive (diferenças étnicas, sociais, religiosas, de gênero) como em outras culturas (comunidades indígenas, por exemplo).
Fazer o aluno reconhecer-se como sujeito nas relações de estudo, consumo, trabalho e lazer que são estabelecidas no espaço em que vive.
Promover a compreensão dos diferentes tipos de relações, harmoniosas ou conflitantes, na família, no trabalho, na produção e nas trocas.
Fazer o aluno conhecer a própria história e a história da família, sentindo-se participante dela.
Promover a compreensão da história como um processo que se constrói a partir das relações estabelecidas pelas pessoas, no tempo e no espaço.



PROCEDIMENTOS


Propor sistematicamente brincadeiras em grupos, integrando os alunos através de conversa em rodinhas, a fim de possibilitar o conhecimento e a aproximação das crianças. Organizar atividades individuais como criação e confecção de crachás, a partir de desenho e cartaz para a identificação do aluno.
Trabalhar a percepção do corpo a partir de observações sistemáticas, no espelho, do rosto, dos cabelos, das partes do corpo, da altura, etc.
Estabelecer observações em duplas acerca das diferenças e semelhanças entre os demais colegas, buscando construir o conceito do eu e do outro.
Fazer gráficos de altura com tiras de jornal, após as observações no espelho, procurando estabelecer as diferenças e as semelhanças de tamanho entre as crianças.
Trabalhar os sentidos: sensibilidade nas mãos (tato), visão, audição, olfato e paladar.
Fazer um desenho de corpo inteiro, incentivando a criança a reproduzir a sua auto-imagem; para isso, disponibilizar a ela diversos materiais como tinta, pincéis, papel colorido, botões, etc.
Promover momentos para que o aluno observe seu próprio espaço:

Na classe: nomear todos os objetos e móveis ali presentes, medir a sala com fitas de jornal, fazer a maquete da sala de aula com caixas de sapatos e outros materiais.
Na escola: passear pelas suas dependências; conhecer funcionários; pesquisar a história da escola; trabalhar com o nome da escola, com suas origens históricas; desenhar a planta baixa da quadra, com a ajuda das crianças; investigar o quarteirão em que se situa e o nome das ruas próximas; realizar um reconhecimento do bairro, fazendo visitas às casas comerciais, praças, casas de moradores e outros lugares.
Na rua onde mora: fazer um reconhecimento das casas vizinhas (lados esquerdo e direito, frente e fundo); visitar pontos comerciais, tais como padarias, farmácias, vendas, açougues (aproveitar e discutir as profissões e respectivas atividades econômicas desenvolvidas na rua e na família); realizar um reconhecimento das árvores frutíferas no quintal de casa.

Ao longo do desenvolvimento do projeto, é interessante que o professor proporcione momentos com jogos para que melhor se desenvolva a função simbólica das crianças. Assim, brincadeiras de casinhas, representações de papéis como o de pai, mãe, bebê, filho, tia, avô, avó, professora, padeiro, açougueiro, médico... são sempre muito bem-vindas. A organização do baú com roupas e adereços dá um toque fantástico no desenvolvimento dessa atividade.

Por outro lado, a conversa na roda pode proporcionar condições para que os alunos se sintam sujeitos do espaço, da história e das relações do grupo. Nessas conversas, é importante influir, para que cada resposta das crianças oportunize novas perguntas, estabelecendo-se assim um diálogo, aspecto importante na visão sócio-histórica. A seguir, algumas sugestões de perguntas:


Como é formada sua família? É grande ou pequena?
Seu pai trabalha? Sua mãe? Seus irmãos? Em quê?
Eles gostam do que fazem? Por quê?
Recebem muito ou pouco dinheiro? Quanto?
O que sua família faz com esse dinheiro?
O que é preciso para trabalhar?
Criança deve trabalhar? Por quê? Em quê?


Reconstrução da história do aluno, da escola e do bairro, ajudando-o a compreender que essas histórias podem ocorrer simultaneamente, com uma série de relações entre si.
Organização de mural de fotografias, após as pesquisas e excursões.
Construção da linha do tempo e do livro da vida. Obs.: solicitar a ajuda dos pais para realizar essas atividades.
Criação de situações para que os alunos discutam, comparem e troquem dados referentes às pesquisas realizadas.
Organização de encontros com a presença de membros da família, para que contem suas histórias, assim como as do bairro e da rua.
Leitura para as crianças; ler junto com elas: disponibilizar vários livros, possibilitando que as crianças escolham e comentem sobre sua leitura.



AVALIAÇÃO

É necessário que a avaliação seja sistemática e que, em todos os momentos do projeto, os desempenhos, as dificuldades e os avanços encontrados sejam registrados, a fim de aprimorar as etapas posteriores.

Cada professor deverá criar uma ficha de avaliação com todas as atividades a serem realizadas, observando o desenvolvimento individual da criança e da turma em geral. Os resultados servirão de ajuda ao processo educativo, fornecendo ao professor elementos que permitirão identificar os conhecimentos prévios das crianças e as condições em que se promoveram avanços na construção do conhecimento.

CRONOGRAMA

Este projeto foi uma elaboração coletiva. Em qualquer caso, recomenda-se que cada unidade escolar organize as atividades a partir do seu tempo e espaço, de modo que o Projeto Identidade tenha o formato e as características próprias da clientela com a qual será desenvolvido. Cabe aqui uma consideração importante acerca do tempo na Educação Infantil: os ritmos de produção nessa etapa são muito diferenciados, e a ansiedade do professor em executar atividades propostas, em um cronograma rígido, poderá ser improdutiva.

É importante o respeito à diversidade e à individualidade das crianças, que, nessa etapa, apresentam diferenciações significativas entre o tempo biológico (a hora de descanso, lanche, etc.), o tempo psicológico (que marca a individualidade, a singularidade, a história de vida pessoal) e o tempo cronológico (aquele do relógio, do compromisso, da hora marcada).

Recomenda-se, entretanto, que, de acordo com a realidade de cada escola, esse projeto seja realizado no primeiro semestre, para que possa ser o fio condutor no desenvolvimento de outros conteúdos e temas a serem trabalhados no decorrer do ano letivo.


DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

O desenvolvimento cognitivo é processo interno, mas pode ser observado e "medido" através das ações e verbalização da criança. Envolve : O processo de pensamento incluindo as seguintes capacidades:

Compreensão de fatos que ocorrem a sua volta;
percepção de si mesmo e do ambiente;
percepção de semelhanças e diferenças;
memória;
execução de ordens;
compreensão de conceitos de cor;
compreensão de conceitos de forma;
compreensão de tamanho;
compreensão de espaço;
aquisição de conceitos e o estabelecimento de relações entre fatos e conceitos;
compreensão de tempo e a relação dos conceitos entre si.


Idade : 5 a 6 anos

- Desenha gravuras simples
- casa, homem, árvore.
- Recorta e cola formas simples.
- Copia letras maiúsculas, grandes, isoladas em qualquer lugar do papel.
- Capaz de copiar letras pequenas.
- Escreve o seu nome.
- Colore obedecendo contornos.
- Capaz de cortar gravura de revista sem sair muito do contorno.
- Copia desenhos complexos.



O sucesso começa em casa

“Conversar com o(a) seu(a) filho(a) é um bom começo.
Ouvir o problema é meio caminho para se chegar a uma solução satisfatória.
É recomendável ter um tempo disponível para contar ao seu(a) filho(a) as histórias da família. Conhecer as histórias dos antepassados estreitar os laços de amizade e a confiança entre pais e filhos.
Ajudar o(a) seu(a) filho(a) a organizar um horário para o estudo.

Quem organiza o próprio tempo, tem mais chances de aprender. Isto ajuda na concentração.
Arrumar um espaço adequado para seu(a) filho(a) estudar. Não precisa ser grande, mas deve ser tranquilo.
As crianças adoram assistir à televisão, mas isso não deve ser exagerado. Televisão demais toma o valioso tempo destinado à leitura. Estimule o(a) seu(a) filho(a) a utilizar a biblioteca da escola e da cidade.
Elogiar e estimular os avanços do(a) seu(a) filho(a) é uma ótima maneira de demonstrar seu interesse pelos estudos dele(a).
Estudar e brincar são duas ações importantes, mas é preciso ajudar o(a) seu(a) filho(a) a dividir bem o tempo dele(a).
Conversar com os professores e participar das reuniões da escola é encontrar aliados para o sucesso escolar de seu(a) filho(a).
Envolver os filhos na organização da casa, torna-os mais responsáveis: lista de compras, anotações sobre as despesas de casa, bilhetes e recados são coisas que seu(a) filho(a) pode fazer.
Conhecer e atrair os amigos de seu(a) filho(a) é um bom começo para organizar grupos de estudos e tornar a aprendizagem dele(a) mais interessante.
Não ameaçar nem amedrontar, e jamais bater no seu(a) filho(a), porque o rendimento escolar não anda bem. Apoiá-lo(a) e ajudá-lo(a) nas dificuldades é a melhor solução.
Beijar e abraçar seu(a) filho(a) quando este for para a escola, e recebê-lo(a) sempre de braços abertos.
Com hábitos simples que podem ser aplicados desde cedo em casa ou na escola, você pode resolver um dos maiores problemas entre os jovens: O Hábito da Leitura.
A coisa mais simples e também a mais importante que os adultos podem fazer para ajudar as crianças na fase da Pré ou Alfabetização, a criarem o hábito de buscarem o conhecimento do qual elas irão precisar, para serem bem sucedidas na vida pessoal e profissional, é simplesmente ler alto para elas, começando com isto desde cedo.
A habilidade para ler e entender o que está escrito capacita as crianças a serem auto-suficientes, a serem melhores estudantes, mais confiantes, levando-as desse modo às melhores oportunidades na vida profissional e a uma vida mais divertida, tranquila e agradável.
Veja a seguir, As nove pequenas coisas que os pais, avós, professores e outros parentes dispostos a ajudar, podem fazer par auxiliar as crianças a aprenderem e a criar o gosto pela leitura.

1. Leia em Voz Alta, para seu filho diariamente. Do nascimento até os seis meses, ele provavelmente não vai entender nada do que você está lendo, mas tudo bem assim mesmo.A ideia é que ele fique familiarizado com o som de sua voz e se acostume a ver e a tocar em Livros.

2. Para começar, use Livros Ilustrados sem textos ou com bem poucas palavras. Aponte para as cores e figuras e diga seus nomes. Livros simples podem ensinar a criança coisas que mais tarde vão ajudá-la a aprender a ler. Por exemplo, ela aprenderá sobre a estrutura da linguagem - que existem espaços entre as palavras e que a escrita vai da esquerda para a direita.

3. Conte Histórias. Encoraje sua criança a fazer perguntas e a falar sobre a história que acabou de ouvir. Pergunte-lhe se pode adivinhar o que vai acontecer em seguida conforme for contando a história, com os personagens ou coisas da trama. Aponte para as coisas no livro que ela possa associar com o seu dia a dia. “Veja este desenho de macaco. Você lembra do macaco que vimos no Circo?”

4. Procure por Programas de Leitura. Se você não for um bom leitor, programas voluntários ou governamentais, na sua comunidade ou cidade, voltados para o desenvolvimento da leitura, lhe darão a oportunidade de melhorar sua própria leitura ou então ler para seu filho. Amigos e parentes podem também ler para seu filho, e também pessoas voluntárias que na maioria dos centros comunitários ou outras instituições estão disponíveis e gostam de fazer isso.

5. Compre um Dicionário Infantil. Procure por um que tenha figuras ao lado das palavras. Então comece a desenvolver o hábito de brincando com a criança, provocá-la dizendo frases tais como: “Vamos descobrir o que isto significa?”

6. Faça com que Materiais de Escrever, tais como lápis, giz de cera, lápis coloridos, canetas, etc., estejam sempre disponíveis e a vista de todos.

7. Procure assistir programas Educativos na TV e Vídeo. Programas infantis onde a criança possa se divertir, aprender o alfabeto e os sons de cada letra.

8. Visite com frequência uma Biblioteca. Comece fazendo visitas semanais à biblioteca ou livraria quando seu filho for ainda muito pequeno. Se possível cuide para que ele tenha seu próprio cartão de acesso e empréstimo de livros da biblioteca. Muitas bibliotecas permitem que crianças tenham seus próprios cartões personalizados com seu nome impresso, caso ela queira, exigindo apenas que um adulto seja o responsável e assine por ela.

9. Leia você mesmo. O que você faz serve de exemplo para o seu filho