Por MADSON MORAES
Quem sofre da doença precisa ter a visão apurada e "olhos de lince". Isso porque precisa conferir direitinho, no pacote de qualquer alimento do supermercado, se há nas embalagens dos alimentos a seguinte informação: "contém glúten" ou "não contém glúten". O que pode parecer frescura para outra pessoa, para os portadores da doença é um detalhe importante que, se não observado com atenção, afeta profundamente a rotina.
Os celíacos são chamados assim por terem intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja, uísque, vodca e alguns doces, o que provoca dificuldade do organismo de absorver os nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água. Ou seja, em quase todo tipo alimentos que são tão caros à nossa alimentação. O glúten desencadeia problemas ao organismo das pessoas portadoras da doença celíaca.
"É uma doença genética, isto é, vem de pais para filhos. Ocorre com maior frequência nos familiares das pessoas que têm doença celíaca, diabetes mellitus e outras doenças autoimunes", explica Renato Riccio, cirurgião geral e gastroenterologista do Instituto Alpha de Saúde Integral.
Famosos, inclusive, sofrem e tornaram pública sua relação com a doença, como é o caso da atriz da TV Globo, Ísis Valverde, que precisa seguir uma dieta para manter-se saudável. No Brasil, a estimativa é de que uma em cada 600 pessoas enfrente problemas de saúde por não poderem ingerir a proteína.
A prevenção é o ponto forte para combater a doença. A doença celíaca normalmente se manifesta em crianças com até um ano de idade, no momento exato que começam a ingerir alimentos que contenham glúten e seus convidados. Segundo Renato, em alguns casos se manifesta somente na idade adulta, dependendo do grau de intolerância ao glúten, afetando homens e mulheres. Mas a incidência da doença celíaca é maior em mulheres que em homens: de 2 para 1.
Dessa forma, os celíacos devem seguir rigorosamente o único tratamento realmente efetivo: uma dieta estritamente sem glúten por toda a vida. “Quase 90% dos pacientes que seguem uma dieta livre de glúten melhoram em cerca de 2 semanas. Não existem medicamentos que previnam os danos nem que previnam o corpo de atacar os intestinos quando o glúten estiver presente”, afirma o médico Renato Riccio.
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